Para retomar as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ainda em 2019 e concluí-las, o governo do Estado teria que investir no mínimo R$ 1 bilhão. Pelo menos essa é a estimativa do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande para uma possível retomada das obras.
O valor fica quase R$ 100 milhões a mais que o acordo firmado no governo Pedro Taques (PSDB) de R$ 922 milhões.
“Com a passagem do tempo o dinheiro vai aumentando, na minuta de acordo em 2017. Mas concluir hoje dentro dessa concepção eu diria que não menos de R$ 1 bilhão, não menos que isso. Não estou dizendo que seja o valor exato, estou dizendo que não menos que esse valor”, disse o advogado do Consórcio, William Romero, durante entrevista ao Notícia de Frente da TV Vila Real nesta quarta-feira (26).
O advogado justifica que não pode afirmar com exatidão o valor para a retomada das obras, porque o cálculo demanda uma série de premissas”relativas especialmente as frentes de ataques da obra e a própria disposição do Estado em concluir a obra em mais ou menos tempo”.
Porém, estruturalmente analisando uma possível retomada, Romero diz que todo o material rodante e equipamentos necessários à conclusão das obras do modal já estão em Cuiabá, e que isso facilitaria uma retomadas. “E o que está pendente é em relação às obras civis. Estimo ai que metade dessas obras estão pendentes, como implantação de terminais, de substações”, explica.
Com as obras paralisadas desde dezembro de 2014, o VLT foi projetado para ter duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km, mais 40 composições com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.
Ainda é previsto 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.
O orçamento inicial para a construção do VLT entre Cuiabá e Várzea Grande era de R$ 1,477 bilhão. Até agora, o governo desembolsou pouco mais de R$ 1 bilhão.
O contrato entre Consórcio e Estado foi rescindido com aval do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) no início deste mês. Porém, os advogados do Consórcio já preparam um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reformar a decisão.