A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal Stefano Aguiar (PSD-MG).
Este é o primeiro pedido de abertura de inquérito referente à nova legislatura, que começou na última sexta-feira (1º). O relator do pedido é o ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com a Procuradoria da República de Minas Gerais, há indícios de que o deputado utilizou parte da cota parlamentar para fins particulares por meio de pagamentos a um escritório de advocacia. Os procuradores afirmam que R$ 867.520 foram repassados ao escritório entre agosto de 2012 e dezembro de 2018.
A defesa do deputado afirma que os pagamentos se referem a relatórios produzidos pelo escritório que contêm análises sobre projetos de lei entregues à Câmara dos Deputados. Acrescentam que esses relatórios subsidiam a atuação legislativa de Aguiar.
Os advogados dizem, ainda, que os serviços particulares prestados pelo escritório são pagos com recursos do deputado.
Pedido de inquérito
A PGR afirma que os pareceres não têm data e poderiam ser elaborados “por um secretário parlamentar sem formação jurídica”, o que ““sugere que podem ter sido confeccionados apenas para justificar o dispêndio do recurso público”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF a instauração do inquérito, a oitiva de testemunhas e o envio de todas as notas fiscais para o desembolso da verba pela Câmara.