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A revolução digital

O mundo está em constante transformação. A penetração da internet segue crescendo em todo o planeta e já somos 4,1 bilhões de conectados. Empresas como Google, Amazon e Facebook estão investindo pesado – cada qual com o seu modelo próprio – para ver como ampliam a infraestrutura de conexão para populações que não tem ainda hoje à Web.

O mercado tem se transformado de maneira desproposital desde a implantação do ambiente digital. Os negócios, as vendas e o atendimento ao público a este novo ecossistema abriram um potencial gigantesco para a expansão.

Por outro lado, as empresas que não tiveram a capacidade de se ajustar à concorrência digital entraram em falência ou pediram recuperação judicial.  Foi o caso da Sears que pediu concordata. A rede de produtos de brinquedos Toys “R” Us, que resistiu em investir no mundo virtual por acreditar que criança não compra pela internet, teve de fechar as portas neste ano. E assim, milhares de lojas pelo mundo.

Para o analista de varejo do banco americano Wells Fargo, Kevin Thomas, na economia hoje, o velho conhecido “efeito Kodak” pode ser chamado de “efeito Amazon”. Segundo Thomas, “as empresas que não conseguiram se ajustar aos novos hábitos de consumo e de modelos de distribuição vão minguar e até desaparecer”.

Conforme se expande, o meio on-line dos negócios não traz apenas a consciência de que tal produto ou serviço está sendo oferecido, mas também há a possibilidade de adquiri-los diretamente por meio da internet. O e-commerce em geral segue crescendo. A tendência de lojas por assinaturas é outra que tende a crescer nos próximos anos.

Um dos mercados que mais cresceu no mundo é o de games, atingindo hoje um total de 2,6 bilhões de jogadores, o que representa mais da metade de toda a população online do planeta. Segundo especialistas, essa é a atividade online que tem maior penetração e maior grau de engajamento. Aliás, se entendermos games como uma manifestação de rede social, eles engajam mais que Facebook, Snapchat e Instagram.

A revolução digital chegou! E com ela a presença de uma diversidade de dispositivos eletrônicos em todos os lugares. Uma infinidade de modelos, marcas e funcionalidades diferentes para todos os gostos. O que representa praticidade e facilidade de obter informações. A consequência dessas características é o constante crescimento da participação popular, seja com marcas e empresas, como também possibilitando respostas e feedbacks instantâneos e de fácil visualização.

Segundo os dados levantados pelo We Are Social e pelo Hootsuite, o Brasil é o terceiro país que mais fica online: são, em média, 9 horas e 14 minutos todos os dias. A Tailândia lidera o ranking, com uma média de 9 horas e 38 minutos, seguida das Filipinas, com 9hs24. Isso abre novos horizontes para empresas e também para políticas públicas. Novos serviços públicos podem ser oferecidos usando a internet ou facilitando a vida dos cidadãos pelo mundo digital.

Na área de educação estamos vivenciando uma verdadeira revolução. Dados mais recentes do Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, coletados em 2016 e publicados no segundo semestre de 2017, apontam para a existência de aproximadamente 1,5 milhão de estudantes na modalidade de educação a distância. Houve um crescimento de 297,3% nos cursos a distância entre 2006 e 2016.

Especialistas têm afirmado que em breve o número de estudantes universitários matriculados em cursos a distância superará o daqueles matriculados em cursos presenciais (sabendo-se que mesmo nos cursos presenciais há uma parte do curso que é feita na modalidade à distância), pois há vários anos o MEC autorizou que até 20% dos créditos possam ser oferecidos por essa modalidade.

Aqueles que souberem uma ou mais linguagens de computação terão vantagem sobre os demais. Poderão escrever programas, jogos ou outras ferramentas. Aqueles que estiverem percebendo o mundo por meio das ferramentas digitais, se saíram melhor no mercado de trabalho e nos negócios. Por isso, países que estão se destacando no mercado global, como Coreia do Sul e China, incluem programação e computação no currículo escolar desde os primeiros anos.

Tanto no campo educacional, quanto no campo dos negócios (por meio de estímulos de crédito e isenções de impostos) o Brasil está um pouco atrasado, mais ainda é tempo de mudar isso.

VICENTE VUOLO é economista e cientista político.


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