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“Cada um responde pelos seus atos”, desabafa Taques em MT

Larissa Silva do GD

O governador Pedro Taques (PSDB), candidato a reeleição pela coligação “Segue em Frente Mato Grosso”, garantiu nesta quarta-feira que não fez nada de errado enquanto gestor do Estado nos últimos 3 anos e 8 meses. O tucano admitiu que existiu corrupção em seu Governo, mas que determinou que fossem realizadas as investigações.

Taques lembrou ainda que, nas outras gestões, as denúncias “eram jogadas para debaixo do tapete”. Ele destacou ainda que foi responsável por colocar em prática a lei anticorrupção no Estado.

Para ele, atos criminosos praticados por homens de sua confiança durante seu mandato devem ser julgados pela justiça, e não se sente traído por eles. Desde início da gestão tucana foram revelados três casos de corrupção envolvendo secretários de Estado.

O primeiro caso, que originou a operação Rêmora e acabou com o secretário de Educação , Permínio Pinto e o coordenador de sua campanha eleitoral, o empresário Alan Malouf, presos. O segundo foi o esquema das interceptações telefônicas ilegais que desencadeou a prisão do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e de outros ex-secretários.

Por fim, a “Operação Bereré” gerou a segunda prisão de Paulo Taques e de seu primo, Pedro Jorge Taques, por participação no esquema de desvio de recursos do Detran.  Sobre essas operações, o governador relata que não teme ser prejudicado nas eleições por acreditar que o eleitor o conhece e sabe as dificuldades que ele enfrentou durante a gestão. “Em absoluto. Cada um vai responder pelos seus atos. Nós temos que dar a todos o direito constitucional de defesa. Quero falar com o cidadão que me conhece: a nossa administração nesses 3 anos e meio passou por muitas dificuldades, mas nós superamos todas elas”, assegurou Taques em entrevista a Rádio Centro América, na manhã desta quarta-feira (29), em Cuiabá.

Taques explica que sempre adotou as medidas corretas para apurar os casos e não pode ser acusado do que não fez. Além disso, ele questiona como um cidadão pode ser citado em um processo que desconhece e responder pelo ato. “Todas as medidas foram tomadas e isso está na Justiça. Não posso ser responsável por atos que não pratiquei. Imagine você cidadão, que esteja me ouvindo em qualquer lugar. Você que está em Sinop e é citado em algo equivocado, algo que você não viu o processo e nem sabe se existe, de fato, o processo. Você pode ser julgado e condenado por isso?”, pergunta.

Na ocasião, o governador desenha um comparativo da administração pública e a administração que o pai de família realiza em casa. “Ele sabe tudo que está acontecendo dentro da casa dele? Tudo? Por exemplo, um cidadão que tem três filhos. Ele sabe tudo que os filhos fizeram nos últimos dias? Me coloco na posição de um cidadão que faz a coisa certa. Que quer fazer a coisa certa e que tomou todas as providências para que esse tipo de ação fosse coibida”, analisa.

Taques também destaca que corrupção existe na Alemanha, na Suíça e no Brasil, mas avalia que a  diferença é como ela é tratada. Assim garante que em sua administração, Mato Grosso foi o segundo estado que mais aplicou a lei anticorrupção.

Ele relatou que foi o seu Governo que conseguiu coibir a corrupção que se originou no passado. “No nosso governo, a corrupção está aparecendo no momento em que nós coibimos. Diferente do passado, que isso era jogado para baixo do tapete e só apareceu agora na nossa administração, o que aconteceu no passado. Por isso, Mato Grosso é o 7º do Brasil que mais tem transparência na administração pública”, afirma.


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