"> Ex-assessor do TJ é preso por fraudar documentos e ajudar criminosos – CanalMT
Divulgação

Ex-assessor do TJ é preso por fraudar documentos e ajudar criminosos

Rayane Alves do GD

O ex-assessor da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Pitágoras Pinto de Arruda, é um dos presos na Operação Regressus, que cumpre 3 mandados de prisão contra acusados de fraudes no sistema de progressão de regime no judiciário mato-grossense. Pitágoras era assessor do juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, responsável pela Vara de Execuções Penais na Capital. O bacharel em Direito é investigado por pelo menos 10 crimes de peculato durante sua atuação na 2ª Vara Criminal.

Foi o próprio juiz Geraldo Fidélis que denunciou o esquema de fraudes em progressão de regime beneficiando condenados pela Justiça.

Na operação, a Polícia Civil por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com apoio do Tribunal de Justiça e o Ministério Público Estadual (MPE), cumpre 3 mandados de prisão preventiva e 19 ordens de busca e apreensão em Cuiabá. Já se sabe que entre os presos está o estelionário Marcelo Nascimento da Rocha, que já foi apontado como o maior golpista do Brasil e até inspirou o filme Vip.

Outro preso é o traficante carioca, Márcio Batista da Silva, 41, o Dinho Porquinho, que tem uma longa ficha criminal e condenações de 56 anos e 2 meses de prisão por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e 3 homicídios qualificados praticados no Rio de Janeiro. Ele mora em Cuiabá num luxuoso apartamento numa região nobre e até então vinha cumprindo pena no regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica.

Quanto ao bacharel em Direito, Pitágoras Arruda, o Gazeta Digital entrou em contato com o Tribunal de Justiça para saber se ainda mantém alguma ligação com o Poder Judiciário, uma vez que em novembro de 2017 ele se inscreveu para uma vaga na Secretaria da Vara/Juizado da Comarca de Porto Esperidião. No entanto, ainda, ainda não houve um posicionamento por parte do Tribunal de Justiça que está averiguando a situação.

A reportagem também apurou que em 2011 o Ministério Público Estadual instaurou um inquérito civil público para investigar o então servidor Pitágoras Pinto de Arruda. No documento, assinado pelo promotor de Justiça, Milton Pereira Merquíades, constava que o Fórum de Porto Esperidião encaminhou cópia de uma sindicância administrativa contra Pitágoras requerendo providências, uma vez que, o referido servidor estaria se ausentando de seus serviços naquela Comarca, justificando suas faltas com a apresentação de atestado médico, ao passo que, prestava assessoria normalmente a um magistrado da Comarca de Cáceres.

“Considerando que, os fatos em tela se apresentam de forma bastante graves, uma vez que, além da prática de faltas disciplinares, em tese estaríamos diante da prática de vários crimes em face da administração pública, situações que de plano caracterizam a prática de atos de improbidade administrativa, conforme disciplinado na Lei n. 8.429/92”, consta na portaria de 16 de agosto de 2011.

Pesquisas no site do Tribunal de Justiça também mostram que existe pelo menos 1 processo na seara criminal em Cuiabá envolvendo seu nome. Porém, o caso está sob segredo de Justiça.


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta