"> ONG volta a cobrar investigação contra deputados – CanalMT
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ONG volta a cobrar investigação contra deputados

Janaiara Soares do GD

Após o corregedor da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Saturnino Masson (PSDB) ter arquivado o pedido do Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral) para investigação dos deputados citados na delação do ex-governador Silval Barbosa, o diretor da organização, Gilmar Brunetto, afirmou que deve se reunir com os deputados para fazer novo pedido.

A solicitação inicial teria sido negada por falta de legítimidade, uma vez que o pedido não foi feito pelo presidente da Assembleia Legislativa, por partidos com representatividade, ou por eleitores que estejam em dia com a Justiça Eleitoral.

“Estamos aguardando a notificação da negativa e vamos pedir uma audiência com para saber o motivo e na mesma hora entro com nova solicitação. Não dá para deixar uma situação dessa barata. A população precisa de resposta”, disse Brunetto.

O pedido da ONG tem como principal foco os parlamentares que foram alvos da Operação Malebolge deflagrada em setembro de 2017. Após a delação premiada do ex-governador a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes de 8 deputados delatados por Silval sob acusação de recebimento de propina durante sua gestão. Foram levados computadores e documentos dos gabinetes da Assembleia Legislativa. Barbosa citou 15 dos 24 atuais parlamentares.

Os deputados Pedro Satélite (PSDB), Sebastião Rezende (PSC), Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e José Domingos Fraga (PSD) aparecem na lista dos beneficiados com a propina que era destinada para não investigar a atuação do governador.

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) é acusado de negociar propina para conseguir a concessão da rodovia estadual MT- 130 que hoje é pedagiada.

Os deputados Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB) e Oscar Bezerra (PSB) são citados cobrando propina para aprovar as contas do último ano de gestão de Silval e também de pedir dinheiro para não envolver o ex-governador na investigação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa.

Daltinho (SD) aparece como chantagista na delação. De acordo com a declaração, o parlamentar que era suplente na época, teria gravado os colegas falando sobre o recebimento do mensalinho e depois coagido os outros deputados para que ele permanecesse no cargo. Botelho por sua vez é acusado de receber vantagem indevida paga pela empresa FDL, que prestava serviços de gravames de veículos ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT).


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