Em sua primeira declaração após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do paletó) ser protocolada na Câmara Municipal de Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), diz que está tranquilo com a investigação e espera que o processo não atrapalhe o funcionamento administrativo da Capital.
“Existe uma harmonia e há também uma independência entre os poderes. Eu respeito os vereadores e desejo que isso não atrapalhe a governabilidade de Cuiabá, porque nossa Cidade está acima de tudo”, disse o gestor.
A investigação que foi proposta pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) precisava de 9 assinaturas para ser instaurada na Casa de Leis. Nesta terça-feira (7) o vereador Toninho de Souza (PSD) deixou a base do prefeito para ser o 9º parlamentar a aderir ao movimento. Na manhã desta quarta-feira (8) os vereadores Adevair Cabral (PSDB) e Luis Cláudio (PP) que também são da base de Pinheiro, assinaram o requerimento.
“Eu tenho uma base muito séria e leal, temos uma relação muito republicana e institucional, são independentes. Acho até bom que assinem. Quem não deve não teme, isso tudo vai ser esclarecido e não tem nada a ver o que foi colocado aí. A minha preocupação é Cuiabá e meu foco é esse. No meu entendimento a CPI é questionável do ponto de vista legal, mas respeito a autonomia dos vereadores”, ressaltou Pinheiro.
A iniciativa para a criação de uma CPI ocorreu após um vídeo do prefeito ter sido divulgado em rede nacional. Nas imagens o peemedebista aparece recebendo maços de dinheiro do ex-chefe de gabinete Silvio Cézar Corrêa Araújo. Os recursos, afirma o delator, eram mensalinho que era pago aos deputados estaduais na gestão Silval Barbosa (PMDB).
O pedido de abertura da investigação deve ser lido em plenário na próxima terça-feira (14) durante a sessão. Depois disso, a Mesa Diretora tem 48 horas para instalar a CPI no parlamento. Os vereadores já programa a convocação de Silval, seu ex-chefe de gabinete e o prefeito.