"> Tchapa e cruz – CanalMT

Tchapa e cruz

No artigo da semana passada, fiz uma superficial análise da trajetória de um ex-governador e o seu eventual envolvimento com as eleições do ano que vem.

O texto publicado aqui nesta coluna e reproduzido por alguns sites, provocou a ira de uma minoria.

Eu exponho, faço análises, discuto ideias, fatos, maneiras de ver o mundo, a vida e as pessoas, provocando um salutar debate.

Quando os patrulheiros da insensatez abandonam texto e partem para ataques pessoais, eu fico constrangido.

Pode-se não gostar da mensagem, mas não precisa matar o mensageiro. Enfim, ossos do ofício!

Fiquei imensamente satisfeito quando o atual governador foi eleito. Eu o conheço desde muito jovem como aluno da ETFMT, onde estudei e trabalhei por muitos anos.

Uma estrela ascendente, com destaque no Ministério Público Federal e projeção nacional como senador da República. Fui seu entusiasta.
Depois de 40 anos da Divisão do Estado de Mato Grosso, onde vivíamos as turras com “estrangeiros”, não seria prudente, pelo histórico recente, cometer os mesmos erros

Escrevi um artigo sobre ele, há alguns anos. Era o prenúncio da renovação dos quadros político do Estado, após o desfecho de dois governos acusados de muitos desmandos.

Hoje, entretanto, a sua estrela não tem mais o mesmo brilho e me preocupo com desfecho de sua história.

Onde se encontra a renovação da classe política do Estado de Mato Grosso e do Brasil, eu não sei!

Urge encontrar uma solução, pois o mundo e a vida andam para frente, pois “pra trás não dá mais” (Pedras que cantam – Canção).

Temos a equivocada síndrome do isolamento – o que leva a crença de que o que vem de fora é melhor.

É preciso abandonar este viés, bem como o de ficar procurando o ideal que não existe nem aqui e nem em lugar nenhum.

Não tenho nada contra ninguém, mas tenho horror a aproveitadores, venham de onde vierem! Entretanto, creio que precisamos renovar os nossos brios.

“Quem muito abaixa a bunda aparece”, ensina o dito popular.

Não podemos correr o risco, de permitir que outro aventureiro lance mão, entregando este rico Estado a outro Cortez, pois a história recente não recomenda este desiderato.

Os desvios da vala aberta do VLT que nos desafia é fruto da ganância de “estrangeiros” precursores de desenfreada corrupção.

Por que não entronizamos uma liderança de “tchapa e cruz”, já que além das razões acima, a maior base eleitoral do Estado é aqui?

Depois de 40 anos da Divisão do Estado de Mato Grosso, onde vivíamos as turras com “estrangeiros”, não seria prudente, pelo histórico recente, cometer os mesmos erros.

A história não pode e não deve ser repetir, pois se o fizer – “na primeira vez será em forma de tragédia e pela segunda em forma de farsa”, como sentenciou Karl Marx.

RENATO GOMES NERY é advogado em Cuiabá.
rgnery@terra.com.br


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