O governador Pedro Taques (PSDB) deve assinar esta semana um decreto que tem como objetivo promover um enxugamento nos gastos do Estado para que o Executivo consiga finalizar o ano com as dívidas quitadas. De acordo com secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB), aos cortes são necessários até para que o governo consiga fechar o ano dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Vamos fazer um arrocho para o fechamento das contas. Corte de diárias, fornecimento de gasolina. Vamos discutir com o governador com um decreto que deve ser publicado até o final do mês para entrar em vigência já em novembro”, disse Russi.
Os secretários de Estado estiveram no início da semana passada para tentar estipular um plano financeiro para que o Executivo feche o ano com todas as dívidas obrigatórias pagas e sem estourar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Com problemas de caixa, a intenção é manter os salários dos servidores em dia e pagar as dívidas do Estado com a União até que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos seja aprovada.
“Hoje se gasta cerca de R$ 700 milhões com pessoal, custeio e outras coisas e isso precisa ser bem administrado. O objetivo da reunião foi realmente fechar o ano com as prioridades atendidas. O problema é chegar até o final do ano cumprindo o que está em andamento”, disse o secretário de Planejamento do Estado, Guilherme Müller.
Ele ainda ressaltou que a estratégia proposta na reunião é buscar um arrocho nas secretarias neste final de ano. “A prioridade é pagar a dívida, os salários e manter o Executivo. Vamos monitorar porque não queremos nesse momento criar novos gastos e sim cumprir o que está aí. O ano que vem vai ser mais tranqüilo, nós temos essa perspectiva. Traçamos as estratégias para finalização do ano, as ações que o governo está fazendo, entregas planejamento para o próximo ano para que possa fluir bem nesse fim de 2017”.
A crise já afeta a administração do governador Pedro Taques (PSDB). No último mês, 22% dos servidores receberam os salários atrasados. Além disso, o Executivo ainda não conseguiu quitar o pagamento do 13º salário dos aniversariantes de setembro, que deveria ter sido pago na folha daquele mês. “Nesta semana pretendemos pagar o 13º. Estamos com vários atrasos, então vamos regularizar os Poderes e pagar o 13º. Teremos a vinda de alguns recursos importantes. Até a entrada desses recursos, teremos dificuldades de honrar nossos compromissos e fechar este ano”, disse o secretário-chefe da Casa Civil Max Russi.