"> Juíza Selma Arruda irá processar cabo da PM – CanalMT
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Juíza Selma Arruda irá processar cabo da PM

Da Redação Sávio Saviola

A juíza Selma Rosane Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, negou inventado junto com o promotor de justiça Marco Aurélio Castro um suposto atentado para poder grampear o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-deputado estadual José Riva. A acusação foi feita pelo cabo Gerson Corrêa Júnior, em seu depoimento a Polícia Civil nesta terça-feira (17).

Para a magistrada, o militar, que foi preso por envolvimento no caso, que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”, está mentindo para tumultuar investigações e que ele terá de provar a acusação feita a ela.

“Acho que o cabo Gerson está apontando pessoas de forma indevida. Porém, é bom que ele prove o que disse, pois será processado por isso, com certeza. Esse tipo de mentira não faz sentido e só serve pra tumultuar as investigações”, afirmou a juíza à imprensa.

Selma ainda levantou suspeitas sobre os interesses relacionados a declaração do militar. A magistrada destacou o fato depoimento do militar ter ocorrido após o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Mauro Campbell, ter requerido todos os inquéritos relacionados aos grampos para tramitar na instância superior.

“Também acho que tem alguém por trás disso tudo pretendendo lucrar com isso, mas não vai conseguir. Eu trabalho com a verdade e contra a verdade não há argumento”, assinalou a magistrada.

Cabo Gerson, que trabalhou por 10 anos no Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é apontado como um dos principais membros da organização criminosa que fazia escutas clandestinas durante os dois primeiros anos de mandado do governo Taques. Segundo as investigações, ele era o responsável por operar o equipamento de escuta.

Preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o militar prestou depoimento aos delegados na Cristina Feldner e Flávio Stringuetta nesta terça-feira (17) e revelou que a própria juíza Selma Arruda enviou a ele através de uma assessora informações sobre a trama em que o ex-governador Silval Barbosa e José Riva eram suspeitos de estarem tramando a morte da magistrada.

O militar ainda afirmou em seu depoimento que o então coordenador do Gaeco, Marco Aurélio Castro, participou da montagem da história para grampear os políticos.

Além das acusações a juíza e ao promotor, cabo Gerson também revelou que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, foi quem financiou a implantação do equipamento de escuta, entregando R$ 50 mil ao ex-chefe da Casa Militar, coronel, Evandro Lesco e que os alvos das escutas eram todos adversários políticos do governador Pedro Taques (PSDB).

Por entender que o militar passou a colaborar com a justiça, tentando inclusive firmar um acordo de delação premiada, os delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Stringuetta pediram para que a revogação da prisão do cabo fosse deferida.


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