O primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi exigiu nesta quarta-feira (27) a anulação do resultado do referendo de independência organizado na segunda-feira no Curdistão e outras regiões em disputa com Bagdá.
“O referendo deve ser anulado e deve começar um diálogo no âmbito da Constituição. Não falaremos jamais do resultado do referendo”, declarou aos deputados do Parlamento iraquiano, citado pela France Presse.
Em outras ocasiões, Abadi disse que o referendo é um “perigo para todos os iraquianos” e os países da região.
Na terça-feira (26), o presidente a região autônoma do Curdistão, Masud Barzani, anunciou que o “sim” venceu no referendo pela independência.
A votação ocorreu na região autônoma, no norte do Iraque, que inclui as províncias de Erbil, Solimaina e Duhok, assim como nas zonas que os curdos disputam com o governo central iraquiano.
“Peço a Haider al Abadi e aos demais que não fechem a porta do diálogo, porque é com o diálogo que resolveremos os problemas”, disse Barzani em um discurso televisionado.
Os curdos, divididos entre Iraque, Síria, Irã e Turquia, nunca aceitaram o tratado de Lausanne (de 1923) que os deixou sem um Estado independente.