O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), reassumiu a administração do Poder Executivo nesta segunda-feira (28), após passar 15 dias em missão oficial nos Estados Unidos. Segundo a assessoria da prefeitura, ele retornou de viagem na quinta-feira (24) e, hoje pela manhã, participou de uma reunião fechada com os secretários municipais.
Nos EUA, Pinheiro apresentou proposta de inclusão das comemorações dos 300 anos de Cuiabá no calendário da organização. Durante o período em que esteve fora do país, a Prefeitura de Cuiabá foi chefiada pelo vice dele, Niuan Ribeiro (PTB).
Pinheiro reassume a prefeitura quatro dias após uma reportagem do Jornal Nacional mostrá-lo recebendo maços de dinheiro entregues por Sílvio Cézar Corrêa, então chefe de gabinete do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).
No vídeo, feito por Sílvio, o prefeito – que na época ocupava o cargo de deputado estadual – aparece colocando o dinheiro nos bolsos do paletó. Um dos maços chega a cair no chão e Pinheiro se abaixa para pegar.
O vídeo foi entregue por Silval Barbosa ao Ministério Público Federal, assim como outros que também mostram políticos do estado de diversos partidos recebendo dinheiro vivo. De acordo com o ex-governador, os valores pagos eram de esquemas de propina no estado.
A delação premiada de Silval Barbosa foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 9.
Pedido de cassação
Na sexta-feira (25), o vereador Marcelo Bussiki (PSB) apresentou requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro. O documento foi apresentado na Casa de Leis e precisa da assinatura de nove, dos 25 vereadores da capital, para que a CPI seja aberta.
Na ocasião, a assessoria de Pinheiro afirmou que a CPI faz parte de um jogo político e classificou o requerimento como oportunista.