A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso vem a reincidir na interrupção dos seus serviços em 15 (quinze) comarcas, alegando falta de recurso para manter os seus respectivos núcleos abertos.
Deixa à deriva milhares de jurisdicionados, sem acesso à Justiça e defesa, a partir do dia 1º de setembro, segundo ato publicado no Diário Oficial e matéria jornalística constante no próprio portal virtual dela.
Pensei que não veria mais esse filme de terror e violação de direitos e garantias essenciais da população.
Trata-se da descontinuação de serviço essencial, que, em tese, não poderia sofrer dissolução de continuidade sem a responsabilização de alguém.
As instituições de controle precisam apurar quem é o responsável por esse atentado à cidadania.
A população, já desacreditada e desenganada com a inoperância geral e sistemática do Sistema de Justiça, por diversas variáveis que, inclusive, têm sido noticiadas na imprensa nacional, leva mais uma apunhalada nas costas e uma crava de punhal no coração, metaforicamente falando.
E, apesar das autoridades empurrarem uma ao colo da outra, a culpa grave, para não dizer ato de improbidade, é o povo quem novamente amarga o fel da derrota dos seus direitos fundamentais.
PAULO LEMOS é advogado e ex-ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso.
paulolemosadvocacia@gmail.com