Deputados pressionam Taques por emendas de R$ 120 milhões

Após atribuir o atraso no envio de projetos estratégicos a incompetência da equipe do Executivo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), informou que haverá na quarta-feira (9) em sua residência um jantar dos 24 deputados estaduais com o governador Pedro Taques (PSDB) e secretários de Estado da equipe econômica que são Gustavo Oliveira (Fazenda) e Guilherme Muller (Planejamento).
Botelho negou que suas críticas tenham gerado qualquer relação de mal estar com o governador Pedro Taques, pois avalia que suas críticas foram pontuais e não feitas com o intuito de desestabilizar a relação dos poderes.
“Esses atritos que nós estamos tendo vai estar na pauta, mas não houve nenhuma crítica excessiva da minha parte, apenas pontual. Tive uma boa conversa com o governador depois disso e vamos avançar ainda mais em questões importantes para Mato Grosso”, disse.
Um dos assuntos mais importantes que será discutido no jantar é a liberação de emendas parlamentares pendentes de liberação pelo Executivo.
De acordo com o presidente do Legislativo, Eduardo Botelho, o valor acumulado ultrapassa R$ 120 milhões e os parlamentares cobram uma posição mais clara do Executivo.
“Nós queremos que seja montado um cronograma de liberação de emendas parlamentares. Neste ano, não foi pago nada. É um dinheiro muito importante utilizado pelos deputados para atender suas bases eleitorais, demandas que vão desde a agricultura familiar, infraestrutura e saúde pública. Nós precisamos ser mais transparentes nisso”.
Também será discutido no jantar dos parlamentares com Taques a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prevê econômica de até R$ 1 bilhão aos cofres públicos e considerado peça chave para Mato Grosso ingressar no plano de recuperação fiscal aprovado pelo Congresso Nacional e já sancionado pelo presidente da República Michel Temer (PMDB) que suspende o pagamento das dívidas dos Estados com a União pelo período de até três anos.
Conforme dados preliminares da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Mato Grosso será favorecido em até R$ 500 milhões, dinheiro este que pode ser revertido para investimentos considerados essenciais para a administração pública como educação, saúde, segurança pública e infraestrutura.
Haverá discussões também a respeito da reforma tributária e administrativa. Embora planejadas pelo Executivo desde o ano passado, ainda não foram encaminhadas ao Legislativo para apreciação.