"> Em crise, cúpula do PSB avalia desfiliação geral – CanalMT
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Em crise, cúpula do PSB avalia desfiliação geral

Kayza Burlin

Diante da crise de relação que toma conta do partido após o diretório nacional articular o retorno do deputado federal Valtenir Pereira lhe assegurando a presidência do diretório estadual, agora anulada por conta de uma liminar na Justiça que reintegrou o deputado federal Fábio Garcia a presidência do diretório estadual, a cúpula do PSB de Mato Grosso começa a avaliar opções para o futuro político que passa necessariamente pela saída da legenda socialista.

Conforme apurado nos bastidores, uma das opções avaliada pelo grupo político é a possibilidade de filiação ao recém fundado Podemos.

Nacionalmente, o Podemos já conta com as filiações dos senadores Romário Faria (RJ) e Álvaro Dias (PR), este último cotado para ser candidato a Presidência da República nas eleições de 2018.

A eventual adesão da cúpula do PSB, composta pelos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti e a bancada na Assembleia Legislativa composta por Eduardo Botelho, Adriano Silva, Oscar Bezerra, Mauro Savi e ainda o secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social, Max Russi, levaria a formação de um novo bloco político em Mato Grosso.

Isso porque abriria espaço ao senador José Medeiros a deixar o PSD, onde enfrenta resistência para ter viabilizada sua candidatura à reeleição, para construir sua candidatura ao Senado pelo Podemos, em uma articulação que contaria ainda com o apoio do senador Welington Fagundes (PR).

A adesão ao Podemos seria facilitada ainda pela legislação eleitoral que autoriza a mudança de partido para uma legenda recém criada sem riscos de punição de perda de mandato por infidelidade partidária.

Do contrário, será necessário aguardar a abertura da janela partidária que deve ser autorizada em março ou abril de 2018.

Outra alternativa avaliada pela cúpula do PSB é filiar-se ao PTB ou ao DEM.

Ambas as legendas buscam se fortalecer visando protagonismo nas eleições de 2018.

A filiação do grupo do PSB ao PSDB, embora conte com o apoio do governador Pedro Taques e do deputado federal Nilson Leitão, é praticamente descartada pelos socialistas que veem um inchaço político numa adesão aos tucanos que inviabilizaria a reeleição principalmente daqueles interessados em conquistar um novo mandato na Assembleia Legislativa.

A permanência no PSB só é dada como certa se o vice-governador de São Paulo Márcio Lacerda vir a assumir a presidência do diretório nacional em substituição ao atual presidente Carlos Siqueira, afilhado político do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto de 2014.

Siqueira conta com o apoio do atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para permanecer a frente do partido.


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