A crise no PSB prossegue ainda mais após a principal liderança do PSB em Mato Grosso, empresário e ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, afirmar abertamente que não aceita a liderança do deputado federal Valtenir Pereira.
O parlamentar deixou o PMDB e retornou ao PSB com as benções da executiva nacional chefiada por Carlos Siqueira que ainda lhe entregou a presidência do partido em Mato Grosso.
Mendes disse que a convivência de ambos é difícil e atribui a Valtenir Pereira histórico de traições e deslealdade, embora ao mesmo tempo tenha pregado que o diálogo numa relação política é absolutamente necessário.
“Gosto muito do partido. O partido é feito de partes. Dentro dessas partes tem as boas e as ruins. Eu não teria dificuldades em conviver com ele. Agora, tê-lo como meu líder, como meu presidente, isso é impossível”, afirmou.
Na avaliação de Mauro Mendes, o deputado Valtenir Pereira foi responsável pelo esfacelamento do PSB em Mato Grosso após sair do partido em 2013 rumo ao PROS e levar consigo prefeitos e vice-prefeitos da legenda socialista.
“O diálogo é sempre possível. Agora, eu e Valtenir somos como água e óleo. Ele tem um comportamento político totalmente diferente do meu. Política tem que ser feita com seriedade, lealdade, verdade. Eu, particularmente, discordo profundamente das atitudes e principalmente do que ele fez com o PSB em 2013”, disse.
Na reunião do PSB que uniu militantes, parlamentares e membros da executiva estadual, não foi descartada uma debandada geral no partido. No entanto, foi estabelecido que qualquer decisão será tomada em conjunto.
“O grande objetivo do encontro foi conversamos com outras lideranças, prefeitos, vereadores, ouvi-los quanto aos destinos que teremos desse grupo político aqui no Estado. A solução será trabalhada conjuntamente, pelo grupo político, junto com deputado Fabio Garcia, o deputado Adilton Sachetti, os deputados estaduais e outras lideranças. Iremos discutir conjuntamente o que iremos fazer com esse grupo. Não é uma decisão minha. Será uma decisão coletiva. Ou de ficarmos ou de sairmos todos”, concluiu Mauro Mendes.