A gestão do ex-prefeito de Várzea Grande Walace Guimarães (PMDB) manteve um contrato de R$ 40 milhões com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESPE).
A empresa é o principal alvo da Operação Convescote deflagrada na terça-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que investiga desvio de dinheiro público por meio de serviços não prestados a diversos órgãos públicos.
O convênio foi assinado em 27 de março de 2015 com duração prevista de 24 meses. Figuravam como partes a Prefeitura de Várzea Grande e a Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT / Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual – FAESPE.
O contrato tinha o intuito de prestação de serviços de assessoramento técnico especializado de apoio ao fortalecimento das políticas públicas, realizando atividades voltadas ao aperfeiçoamento de métodos e técnicas de gestão com prioridades nas diretrizes emanadas do Plano Estratégico em consonância com o Plano de Desenvolvimento Interinstitucional Integrado-PDI nas Secretarias de áreas finalísticas e das áreas meios.
De acordo com ato assinado pelo prefeito Walace Guimarães no dia 28 de março de 2015, foi nomeado o servidor do município Hallan Gonçalves de Freitas para fiscalizar a execução do convênio firmado com a FAESPE.
Atualmente, Hallan Freitas trabalhava como prestador de serviço da FAESPE. As investigações ainda apontam a suspeita de que o mesmo abriu empresas de fachada em seu nome e recebia dinheiro de esquemas de corrupção.
O convênio foi rompido em novembro de 2015 após a Prefeitura de Várzea Grande já estar sob administração de Lucimar Campos (DEM) em razão da cassação de Walace Guimarães pela Justiça Eleitoral em março daquele ano.
A rescisão entrou em vigor a partir do dia 24 de agosto de 2015. A prefeita Lucimar Campos (DEM) ainda encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) para proceder com as devidas investigações.