O Ministério Público Estadual (MPE) requereu que a quantia de US$ 2,3 mil dólares encontrado na casa do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf durante mandado de busca e apreensão da primeira fase da Operação Sodoma seja considerado resultado de ações criminosas. Por isso, defende que a quantia seja entregue a Justiça para ressarcimento dos cofres públicos.
O dinheiro estava em posse da ex-esposa de Nadaf, a psicóloga Geiziane Antelo, que não conseguiu explicar a Delegacia Fazendária e ao Ministério Público a origem da quantia em dólares. A única alegação é que se tratava de uma quantia guardada em razão de uma viagem ao Exterior que já estava programada.
Em seu interrogatório, Geiziane Antelo disse que o dinheiro em dólares seria “troco” de viagens feitas aos Estados Unidos na qual estava acompanhada da filha.
O dinheiro ainda permanece apreendido e está sob a guarda da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
O pedido assinado pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco sustenta que passagens aéreas de uma viagem de São Paulo a Punta Cana, na República Dominicana, utilizadas por Pedro Nadaf e Geiziane Antelo, foram pagas por meio da NBC Assessoria, Consultoria e Planejamento LTDA.
As investigações apontam que a empresa constituída por Pedro Nadaf servia para lavar dinheiro arrecadado por meio de propinas recebidas durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Após ser acusado de integrar uma organização criminosa que cobrava propinas para conceder incentivos fiscais a empresas privadas, Nadaf confessou espontaneamente seus crimes.