Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por membros do Ministério Público Estadual, Polícia Civil e Polícia Militar, cumpre, nesta manhã de terça-feira (20), 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, todos expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital. Os alvos são servidores e empresários acusados de corrupção e investigados na Operação Convescote.
A operação visa desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos, na Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado (TCE), por intermédio da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp).
Um dos presos é Odenil Rodrigues de Almeida, assessor de confiança do deputado Guilherme Maluf (PSDB). O nome surgiu em investigações do Gaeco na Operação Ventríloquo. A Ventríloquo, deflagrada em 2015 , apontou organização criminosa, acusada de desviar R$ 10 milhões dos cofres da Assembleia, complicando o ex-deputado estadual José Riva (sem partido), preso na ocasião.
Outro preso é o fiscal do TCE, Lázaro Amorim. O advogado dele, Marcos Dantas, chegou ao Gaeco e confirmou a prisão, mas ainda se informaria sobre as acusações que pesam sobre o cliente dele.
Também foi preso o Charles , ex-secretário geral da AL, Charles.
A palavra Convescote significa pique-nique, em alusão à “festa” feita com dinheiro público.
Estão sendo cumpridos também 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva.
Equipe do Gaeco amanheceu na Assembleia Legislativo, no Edifício Maruanã, na avenida do CPA, e em outros pontos das três cidades.
Presos já começaram a ser conduzidos à sede do Gaeco.
Além dos Policiais Civis e Militares, promotores de Justiça e Delegados de Polícia do Gaeco, estão participando do cumprimento dos mandados judiciais policiais do Batalhão de Operações Policiais (Bope), Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Força Tática de Cáceres e Várzea Grande, totalizando mais de 100 agentes envolvidos na deflagração da operação.
Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Entre os alvos dos mandados de prisão estão servidores do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário, funcionários da FAESP e empresários.