"> Justiça mantém prisão de João Emanuel por estelionato de até R$ 50 milhões – CanalMT
Divulgação

Justiça mantém prisão de João Emanuel por estelionato de até R$ 50 milhões

Kayza Burlin

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, negou pedido para revogar a prisão preventiva do ex-vereador por Cuiabá João Emanuel (sem partido) em decorrência da Operação Castelo de Areia, deflagrada em setembro do ano passado pelo GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado).

A alegação da magistrada é que a prisão preventiva é necessária por conta do alto grau de periculosidade demonstrado por João Emanuel.

A denúncia criminal do Ministério Público Estadual (MPE) atribuiu ao ex-vereador a participação de uma organização criminosa que aplicava golpes financeiros de até R$ 50 milhões em empresários.

O golpe financeiro se dava por meio da falsa promessa de concessão de empréstimos financeiros com juros abaixo do mercado, o que atraia principalmente empresários do setor rural. A empresa responsável pelas transações seria o Grupo Soy, de mera fachada, da qual João Emanuel se apresentava como vice-presidente.

Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um ‘falso chinês’ para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.

Atualmente, João Emanuel está detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) em razão de outros mandados de prisão preventiva.

Outras duas prisões estão decretadas em razão da Operação Aprendiz do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na qual é suspeito de desviar dinheiro da Câmara Municipal por meio de fraudes em licitações para pagar agiotas. E outro mandado de prisão pela suspeita de intermediar um esquema de venda de sentença em favor de traficantes.

Por fraudes em licitação e pela suspeita de liderar um esquema de grilagem de terras, o ex-vereador foi preso em 2013 e teve o mandato cassado no ano seguinte.

Em dezembro, a juíza Selma Arruda condenou João Emanuel a 18 anos de prisão e 305 dias-multa por fraude em licitação e desvio de dinheiro no período em que presidiu o Legislativo municipal. A pena é resultado das somas das condenações pelos crimes de peculato e por agir na modalidade de concurso de pessoas.


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta