Já chegou a Assembleia Legislativa a mensagem de autoria do Executivo que pede autorização para contrair um empréstimo de R$ 800 milhões junto a Caixa Econômica Federal (CEF) para que seja destinada a conclusão das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Com a aprovação do Legislativo que já é dada como certa, a obra do modal de transporte que deveria ser concluída inicialmente em março de 2014 com investimento total de R$ 1,477 bilhão, agora tem custo estimado em R$ 2,277 bilhões com previsão de entrega para 2018.
Ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Mato Grosso contraiu um empréstimo de R$ 1,477 bilhão junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que deverá ser pago em 30 anos.
Deste montante, R$ 1 bilhão já foi aplicado na obra que está inacabada e paralisada há três anos. A maior parte do dinheiro foi gasto com vagões de trem que estão inutilizáveis em um depósito no município de Várzea Grande.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), não assegurou que a proposta será votada de imediata, pois ainda é necessário dialogar com os parlamentares.
“Vamos dialogar com todos os parlamentares e a partir daí fechar um consenso de que essa obra é necessária para a melhoria do transporte em Cuiabá e Várzea Grande”.
Por outro lado, o envio da mensagem em um momento em que a crise de caixa tem gerado atrasos ao repasse da saúde nos municípios recebeu críticas do deputado estadual Zeca Viana (PDT), um dos porta vozes da oposição.
Para o parlamentar, é necessário que seja apresentada detalhadamente a capacidade de pagamento do Estado para honrar esse compromisso com a União. “Um governo que reclama diariamente da crise econômica agora quer um empréstimo milionário sem apontar como vai pagar. Os deputados não podem ser cúmplices de uma futura bomba relógio”.