"> Nadaf e Trimec lavaram dinheiro da propina de Silval, diz JBS – CanalMT
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Nadaf e Trimec lavaram dinheiro da propina de Silval, diz JBS

Kayza Burlin

A NBC Consultoria, empresa de propriedade do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf, a Trimec Construções e Terraplanagem LTDA, e uma empresa de Rondônia emitiram notas fiscais com falsa prestação de serviço para encobrir o pagamento de propina do grupo empresarial JBS Friboi ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no período de 2011 a 2013.

A revelação foi feita pelo empresário Wesley Batista, um dos sócios do grupo empresarial, que juntamente com seu irmão Joesley Batista firmaram termo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República nos autos das investigações da Operação Lava Jato.

A propina que girou aproximadamente em R$ 30 milhões foi paga graças a concessão de um crédito tributário de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em favor do grupo JBS Friboi, o que foi alvo de questionamentos do Ministério Público Estadual (MPE) no Tribunal de Justiça.

Porém, a ação civil pública culminou em uma devolução de dinheiro da JBS Friboi no valor de R$ 360 milhões em dezembro de 2015. O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Deste montante, R$ 261 milhões eram relativos a dívidas fiscais pendentes e outros R$ 99,2 milhões como devolução aos cofres públicos por incentivos fiscais indevidos.

De acordo com o depoimento do empresário Wesley Batista, os pagamentos de propina foram autorizados mensalmente com a participação de Nadaf e de Demilton Antônio de Castro, um dos diretores da JBS.

O valor pago mensalmente correspondia a aproximadamente R$ 800 mil para cada uma das três empresas. Em um ano, foi alcançada a quantia de R$ 30 milhões necessárias pela JBS para pagar a propina ao ex-governador Silval Barbosa no período de 2011 a 2013.

Só a empresa de Nadaf emitiu uma nota no valor de R$ 200 mil.

“O Pedro Nadaf levava o Demilton, que é um colaborador que vai ser ouvido, levava a lista de pagamentos, de contas que eram pra ser feitas. O Demilton passava para o doleiro e o doleiro já mandava direto para estas contas. Nós não temos o registro de para quem eram estas contas”, afirmou Batista.

Wesley Batista ainda citou que a ex-secretária da Federação Mato-Grossense do Comércio (Fecomércio), Karla Cintra, recebeu propina atendendo a uma missão dada por Pedro Nadaf.


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