O deputado licenciado e atual secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos (PSDB), vai solicitar à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL) que emita uma certidão demonstrando para quem foi paga a verba indenizatória de R$ 65 mil à qual o titular do mandato tem direito.
Ele quer comprovar que não recebeu os valores enquanto esteve licenciado da Assembleia, entre 21 de novembro de 2016 e 10 de abril de 2017, para assumir a Secretaria de Estado das Cidades (Secid), conforme nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (18).
A ação é uma resposta às acusações feitas pela deputada estadual Janaína Riva (PMDB), durante sessão plenária de quarta-feira (17).
Na ocasião, ele denunciou que o suplente de Wilson que ocupa a cadeira de titular, Jajah Neves (PSDB), estaria repassando a verba de gabinete para o secretário. A prática é ilegal e ocorreria “por debaixo dos panos”.
No entanto, conforme a nota, Wilson garantiu que recebeu “com absoluta tranquilidade” as acusações feitas e sugeriu que a deputada colhesse depoimento sobre o assunto de Jajah Neves e também do atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, que foi seu suplente na Assembleia no ano de 1993.
Ele lembrou que o ex-deputado José Magalhães também assumiu como seu suplente em 2000 no cargo de deputado federal e poderia atestar que ele nunca exigiu tal “devolução”.
Wilson reforçou ainda que sua trajetória política é um exemplo de seu perfil de trabalho e “mostra sua seriedade no trato com o dinheiro público”.
Bate-boca – As acusações entre Janaina e Jajah causaram um intenso bate-boca e a sessão teve de ser interrompida. Além de denunciar o repasse indevido da verba, a deputada chamou Jajah de “ladrão”.
Por isso, ele disse que vai acioná-la no Parlamento por quebra de decoro e que vai acioná-la judicialmente. Janaina, por sua vez, pediu desculpas pelo ocorrido.