O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, defende a renúncia do presidente da República Michel Temer (PMDB) se ficar comprovado que o peemedebista articulou com diretores da JBS Friboi o pagamento de uma mesada mensal de R$ 500 mil ao ex-deputado Eduardo Cunha para permanecer em silêncio após ser preso na Operação Lava Jato.
“Se for comprovada a situação fica insustentável. O PSDB já está de saída da base do presidente Michel Temer”, disse.
O parlamentar ainda ressaltou que pela Constituição Federal, se Temer renunciar, caberá ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir por 30 dias e convocar eleições indiretas pelo Congresso Nacional.
Diante disso, defende que os substitutos imediatos que são o presidente da Câmara e o presidente do Senado abram mão para a terceira na linha sucessória, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia assuma a presidência da República e conduza o processo de eleições indiretas.
“É a maneira mais legítima de proceder diante deste cenário de crise com a população”, afirma.
O deputado federal Adilton Sachetti (PSB) defendeu a renúncia de Temer. “Se comprovada a denúncia não tem mais como esse governo se sustentar. Só espero que as reformas essenciais ao país prossigam”.
O deputado federal Ságuas Moraes (PT) classificou Temer de “golpista” e defende a renúncia de Temer e eleições diretas para pacificar o país.
“Está devidamente comprovado que Temer obstruiu a Justiça e só um presidente devidamente eleito pela população tem condições de reerguer o país”.
O líder da bancada, deputado federal Victorio Galli (PSC) disse que aguarda as explicações de Temer.
“É uma situação muito grave, mas exige cautela diante do momento crítico em que vivemos. Vamos aguardar a divulgação do áudio e as explicações do presidente”