Juíza nega revogar prisão do ex-vereador João Emanuel

A juíza substituta da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Corrêa, negou pedido do ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel (sem partido), para revogar a prisão preventiva expedida pela juíza Selma Arruda nos autos da ação penal relativa à Operação Aprendiz.
Atualmente, João Emanuel está detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) em razão de quatro mandados de prisão preventiva e uma condenação de 18 anos de prisão por desvio de dinheiro da Câmara Municipal de Cuiabá.
Eleito em 2012 com votação superior a cinco mil votos, João Emanuel presidiu o Legislativo, mas renunciou em agosto de 2013 por conta de seu envolvimento com esquemas de corrupção.
João Emanuel foi investigado, na operação “Aprendiz”, por conta de indícios de fraude em licitação e pela suspeita de liderar um esquema de grilagem de terras, razão pela qual chegou a ser preso em 2013.
Por conta disso, a Câmara Municipal de Cuiabá cassou o mandato de vereador em abril de 2014 por quebra de decoro parlamentar.
As investigações apontavam que o ex-vereador seria suspeito de envolvimento em fraudes em licitações e falsificação de documentos de terrenos que seriam dados como garantia a agiotas para obter dinheiro para ser usado na futura campanha dele a deputado estadual em eleições futuras.
João Emanuel foi flagrado em uma gravação em vídeo tendo uma conversa de negociação de suposta fraude de um contrato de licitação do Legislativo municipal com uma pessoa que seria responsável por uma empresa gráfica. As imagens foram usadas durante as investigações do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O dinheiro que seria desviado no processo licitatório também serviria para garantir que a falsificação uma escritura pública de compra e venda de imóveis não viesse à tona e trouxesse implicações ao ex-vereador.