Presidente do diretório estadual do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra acredita que até 10 partidos montem um bloco de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições de 2018.
Embora não tenha citado nominalmente nenhuma legenda, é sabido que existem diálogos com partidos como o PR, PP, PSC e até mesmo o PTB que recentemente aderiu a gestão estadual.
Até o momento, um dos nomes que desponta como opção é o senador Welington Fagundes (PR), em que pese o republicano trate o assunto com bastante cautela.
“Nós estamos em uma fase inicial de conversas. Ainda vamos aprofundar esse diálogo e chegar a um consenso até as eleições em 2018”, disse.
De imediato, o peemedebista rechaça qualquer favoritismo ao governador Pedro Taques, e cita como exemplo a vitória do correligionário Emanuel Pinheiro na disputa a prefeito de Cuiabá que venceu o candidato apoiado pelo governo do Estado, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB).
“Não existe favoritismo em ano pré-eleitoral. A eleição de 2018 ainda está longe e muita coisa vai acontecer. O governador não é imbatível e não desfruta de uma avaliação tão elevada. Basta lembrar do resultado da eleição em Cuiabá”, afirmou o parlamentar.
Na avaliação de Bezerra, Taques enfrenta dificuldades para dialogar com a classe política, o que leva a máquina pública travar projetos e não conseguir firmar as parcerias necessárias para alavancar investimentos em Mato Grosso.
Bezerra afirma que Taques tem recorrido a políticos e partidos que estão fora da base governista, mas qualquer aliança esbarra no perfil considerada fechado e centralizador do governador.
“Ele está procurando dialogar, que é uma boa coisa. Quem governa tem que dialogar. Ele pode com isso aglutinar mais força, ajudar o Estado a resolver seus problemas. Mas, infelizmente, ele tem um perfil que não se liberta”, concluiu.