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Caramuru deu prejuízo superior a R$ 100 milhões, diz delegado

Sávio Saviola

As investigações da Delegacia Fazendária apontam que a empresa Caramuru Alimentos S/A pode ter gerado prejuízo de até R$ 100 milhões aos cofres públicos. A informação foi dada pelo delegado Lindomar Tofoli na coletiva de imprensa dada nesta quarta-feira (3) para explicar os desdobramentos da “Operação Zaqueus”.

O inquérito policial aponta que foram pagas propinas na ordem de R$ 1,8 milhão pela empresa para que os agentes tributários da Secretaria de Fazenda beneficiassem a empresa Caramuru Alimentos A/S reduzindo a autuação de um pagamento de R$ 65,9 milhões para aproximadamente R$ 315 mil.

De acordo com o delegado Lindomar Tofoli, a quantia devida pela Caramuru Alimentos S.A. aos cofres públicos pode ser ainda maior.

A quantia, entretanto, deverá ser calculada com mais cuidado no decorrer das investigações. “Tem que ser verificado agora, e isso é uma atribuição da Secretaria de Fazenda, se o montante devido ao Estado é efetivamente esta quantia. A empresa se dispôs a pagar os valores. Até o momento, o valor estimado é de R$ 100 milhões.”, revelou.

O esquema de fraudes foi denunciado pelo advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo, que estava envolvido no sistema. O jurista procurou a Delegacia Fazendária após a suspeita de um esquema de irregularidade na concessão de incentivo fiscal a empresa Caramuru Alimentos S/A feita pelo então candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), contra seu adversário político, o atual prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB).

No entanto, os delegados pontuaram que os fatos investigados nesta operação não guardam qualquer relação com as denúncias feitas em período eleitoral pelo então candidato a prefeitura de Cuiabá Wilson Santos envolvendo o prefeito eleito Emanuel Pinheiro e seus parentes. “Essa denuncia não guarda nenhuma relação com a denuncia trazida pelo candidato Wilson Santos a Delegacia Fazendária”, pontuou Maria Alice Amorim.

Em nota, a empresa Caramuru Alimentos alega que “trabalhar pela consolidação de um ambiente de negócios guiado pela ética, competência técnica e transparência” e que por isto adota “postura corajosa” de “corrigir irregularidades”. Ainda em nota, afirma que foi vítima de extorsão por agentes públicos e que adota postura para colaborar com as investigações.


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