O juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Popular, Luis Aparecido Bortolussi, autorizou o bloqueio de R$ 15,942 milhões dos bens do procurador do Estado João Virgilio do Nascimento Sobrinho, do ex-secretário de Estado Eder Moraes Dias, do procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima e José Geraldo de Saboia Campos.
No entanto, foi encontrada apenas a quantia de R$ 822,31 nas contas bancárias.
A Justiça encontrou somente R$ 519,65 nas contas de João Virgílio, R$ 290,90 nas contas de Chico Lima, R$ 11,76 nas contas de José Geraldo de Saboia Campos e nenhum valor nas contas de Eder Moraes.
No entanto, o valor total bloqueado (R$ 822,31), teve que ser liberado pelo magistrado, por se tratar de verbas de caráter, presumidamente, alimentar dos réus. Ou seja, nenhum valor foi retido para garantir o retorno dos valores desviados ao cofre público.
Todos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela suspeita de participação em um esquema de corrupção que envolvia irregularidades no pagamento de precatórios.
As empresas que tinham créditos a receber do governo do Estado eram convencidas a retornar parte do dinheiro a título de propina. Para ocultar a natureza da transação ilícita, o dinheiro desviado era remetido a empresas privadas.
As investigações apontaram que os empresários foram unânimes em afirmar que não mantinham qualquer negócio com as empresas Lince Construtora e Incorporadora Ltda. ou Saboia Campos Construções e Comércio Ltda.
Diante do valor irrisório identificado nas contas bancárias, o magistrado determinou o rastreamento dos valores valores acima mencionados, mediante a expedição de alvará.