Já condenado a 21 anos e oito meses de prisão por desvio de R$ 5 milhões da Assembleia Legislativa, o ex-deputado estadual José Riva (sem partido) vai comparecer na 7ª Vara Criminal de Cuiabá a partir das 13h30 desta sexta-feira (31) para ser reinterrogado na ação penal relativa à Operação Imperador deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A exemplo da estratégia que já tem adotado nos processos criminais decorrentes da Operação Arca de Noé, Riva deve admitir crimes perante a juíza Selma Arruda como estratégia para amenizar a pena numa eventual sentença condenatória.
Neste processo criminal, Riva é acusado de desviar até R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na compra de material de escritório no período de 2005 a 2009.
Nos bastidores, se comenta que até 10 parlamentares da atual legislatura poderão ter seus nomes citados como favorecidos do esquema de corrupção. As investigações do Ministério Público Estadual (MPE) apontam que determinados deputados estaduais recebiam R$ 70 mil mensal do dinheiro desviado para não se opor aos projetos de interesse da Mesa Diretora, na época presidida por José Riva.
No total, são 14 réus na ação penal da Operação Imperador. A candidata derrotada ao governo do Estado nas eleições de 2014, Janete Riva, esposa do ex-deputado José Riva, é suspeita de validar a entrada de material de expediente que jamais foi entregue ao Legislativo enquanto exerceu a função de secretária de patrimônio do Legislativo.