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Operação Aprendiz: João Emanoel volta a ser interrogado por Juíza

Da Redação

Nesta sexta-feira (17), às 13h30, o vereador cassado, João Emanuel Moreira Lima, volta a ficar diante da juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, para ser interrogado na ação penal por crime de lavagem de dinheiro derivada da Operação Aprendiz. O alvo da investigação foi um esquema de desvio de R$ 1,5 milhão da Câmara Municipal de Cuiabá em 2013 quando o então vereador presidiu o Legislativo Municipal.

Nas demais ações penais e civis relativas ao mesmo fato, João Emanuel tem negado sistematicamente as acusações de que ele foi o responsável por cooptar servidores e empresários para participarem do esquema. Por outro lado, o ex-deputado estadual, Maksuês Leite, também réu em alguns processos da Aprendiz confirmou o desvio de recursos do Legislativo Cuiabano.

Ele deu detalhes de como o esquema foi planejado e operado por João Emanuel utilizando a empresa Propel Comércio de Materiais Ltda. ME, nome fantasia Gráfica O Documento, tanto num acordo de colaboração premiada firmado junto ao Ministério Público Estadual (MPE), bem como na audiência realizada nesta quarta-feira (15).

Consta nos autos o desvio de dinheiro e fraude em licitações foi colocado em prática em 2013 quando João Emanuel foi eleito presidente da Câmara de Vereadores da Capital e fez uma adesão a uma ata de registro de preços da Assembleia Legislativa para compra de materiais gráficos e de expediente da Propel que era de propriedade de Maksuês e seu sócio, Gleisy Ferreira de Souza. O Ministério Público afirma que dos valores pagos, 75% ficava para João Emanuel enquanto Maksuês ficava com os outros 25%. O ex-deputado confirmou tal versão em seu depoimento.

Já a defesa de João Emanuel contesta as declarações de Maksuês e sustenta que o ex-vereador é inocente das acusações imputadas a ele pelo Ministério Público.

“No depoimento do Maksuês, como se trata de uma delação premiada, ele vem dentro do processo única e exclusivamente pra tentar um benefício. Ele faz uma delação parcial em que fala a respeito só do que ele acha interessante, ele inventa muita coisa tanto que a delação que ele fez e as declarações que fez dentro da audiência são contraditórias”, afirmou o advogado Lázaro Moreira Lima que é irmão e defensor de João Emanuel.

Conforme o advogado, a delação do ex-deputado já foi contestada nos autos e no momento oportuno a banca de defesa vai avaliar a possibilidade de ingressar com recurso para tentar invalidar a delação. “Além disso ele não junta provas de absolutamente nada do que fala. Nada do que ele diz não estava dentro do processo antes, ou então o que ele fala que traz simplesmente não tem prova nenhuma”, atesta Lázaro Moreira.

As investigações do MPE concluíram que grande parte do valor desviado dos cofres públicos foi utilizado no pagamento de dívidas e ostentações pessoais de João Emanuel, como passagens aéreas internacionais para sua família, aquisição de veículo de luxo e reforma de residência familiar, bem como de despesas da empresa Propel de propriedade de Gleisy Ferreira de Souza e Maksuês Leite.

“Apurou-se ainda que ocorreram diversas transações comerciais entre os denunciados João Emanuel, Gleisy Ferreira, Lucas Henrique, Luciano Cândino e Guedey Araújo, nas quais foram utilizados os valores oriundos do desvio das verbas do Legislativo Municipal, com o intuito de dissimular a origem ilícita dos valores”, consta nos autos.(Welington Sabino do GD)


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