"> Juan Manuel Santos é investigado por financiamento ilegal – CanalMT
Jaime Saldarriaga/Reuters

Juan Manuel Santos é investigado por financiamento ilegal

Veja

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) colombiano iniciará uma investigação sobre irregularidades na campanha do presidente colombiano Juan Manuel Santos nas eleições de 2010. Na terça-feira, Santos admitiu ter recebido fundos da empreiteira Odebrecht de forma ilegal e pediu perdão à sua nação por seu ato “vergonhoso” .

O presidente reconheceu as irregularidades em um vídeo publicado em sua página no Twitter. Santos, cujos esforços pelo fim do conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)  lhe renderam o Nobel da Paz, afirmou que não tinha conhecimento, nem autorizou qualquer financiamento obtido de forma ilegal durante sua campanha e afirmou que “rejeita e condena” tais pagamentos.

“Lamento profundamente e peço perdão a todos os colombianos por este ato vergonhoso, que jamais deveria ter acontecido e do qual acabei de saber”, disse Santos, que pediu para que os responsáveis pelas irregularidades sejam investigados e punidos.

O presidente não menciona diretamente a empreiteira Odebrecht na declaração, mas seu gerente de campanha, Roberto Prieto, reconheceu que a empresa brasileira repassou fundos de forma ilegal durante a preparação para as eleições. A lei eleitoral colombiana proíbe aceitar fundos de empresas estrangeiras.

O presidente do CNE, o conselho eleitoral venezuelano, Alex Veja, confirmou ao jornal local El Tiempo que o tribunal irá investigar as possíveis irregularidades. Segundo ele, o senador do partido Centro Democrático, José Obdulio Gaviria, lhe enviou uma petição solicitando a averiguação da campanha de Santos.

Óscar Iván Zuluaga, candidato do partido de oposição de direita Centro Democrático e rival de Santos em 2014, também está sendo investigado pelas autoridades eleitorais pela suspeita de ter recebido dinheiro da Odebrecht.

A empreiteira brasileira também tem sido acusada de ter pago centenas de milhões de dólares de propina para projetos de infraestrutura em 12 países, incluindo Brasil, Argentina, México, Venezuela e Colômbia, entre 2002 e 2016.


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