Caberá ao desembargador Pedro Sakamoto julgar o pedido de liminar em habeas corpus protocolado pela defesa do ex-secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad, preso preventivamente na terça-feira (14) durante a quinta fase da Operação Sodoma da Polícia Civil.
Inicialmente, o pedido foi distribuído ao desembargador Rondon Bassil Dower Filho, mas o magistrado se considera suspeito, pois o filho Leonardo Bassil é advogado e atua na defesa de um dos acusados, que é o ex-chefe de gabinete Silvio César Correa de Araújo, considerado braço direito do ex-governador Silval Barbosa.
A banca de advogados composta por Valber Melo, Ulisses Rabaneda, Hamilton Ferreira e Renan Serra sustentam que Faiad não oferece risco às investigações e tampouco a instrução processual, pois não exerce mais função pública.
Preso na terça-feira (16) com a deflagração da quinta fase da Operação Sodoma da Polícia Civil, Faiad é suspeito de integrar um esquema de inserções de consumo de combustível inexistente bem como fraudes em pregões realizados pela Secretaria de Estado de Administração (SAD).
Por conta disso, se favoreceu indevidamente com R$ 192 mil e ainda direcionar R$ 967 mil para reforçar o caixa 2 do PMDB nas eleições de 2014, ano em que concorreu a deputado estadual.
Além disso, o esquema pagou uma dívida de R$ 1,7 milhão da campanha do petista Lúdio Cabral a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2012, da qual Faiad integrava como vice-prefeito numa composição do PT com o PMDB.