Embora o juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Popular, Luis Aparecido Bortolussi Júnior, tenha autorizado o bloqueio de R$ 4 milhões dos acusados de intermediar um esquema de compra de vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apenas R$ 513.921,30 mil foi encontrada nas contas dos oito réus.
Porém, este valor não foi totalmente confiscado, com o bloqueio perfazendo o total de R$ 479.513,28 mil.
A maior parte do dinheiro foi encontrada nas contas bancárias do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que correspondeu a R$ 403.098,90 mil, mas liberados R$ 15.157,58 mil, e do conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, afastado do cargo por força de liminar, que atingiu R$ 106.729,54 mil, mas liberada a quantia de R$ 91.571,96 mil.
O que chama a atenção é que nenhuma nenhuma quantia em dinheiro nas contas bancárias do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ex-secretário de Estado Eder Moraes, bem como do empresário Leandro Soares, filho do conselheiro aposentado do TCE, Alencar Soares.
Na decisão dada na quarta-feira (11), consta que foi encontrado apenas R$ 72,20 nas contas do conselheiro aposentado Alencar Soares e outros R$ 2,61 do ex-conselheiro Humberto Bosaipo.
O ex-deputado estadual José Riva (sem partido) tinha disponível apenas R$ 83,04 e do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, outros R$ 3.935 mil. Como os valores foram considerados irrisórios, foram liberados pela Justiça.
Para garantir maior eficácia na restituição aos cofres públicos, a Justiça autorizou o sequestro de bens em contas bancárias e também de veículos. Porém, havia o registro de carros apenas nos nomes do ministro Blairo Maggi e do empresário Júnior Mendonça.
Nada foi encontrado em nome dos outros acusados. Ainda é aguardada informações de Cartórios para avaliar a possibilidade de bloqueio de imóveis.