Em meio a crise no setor de saúde pública estimulada em parte pelos seguidos atrasos financeiros do governo do Estado aos municípios, o senador Welington Fagundes (PR), apontado como uma das alternativas da oposição para concorrer ao governo de Mato Grosso nas eleições de 2018, critica duramente a administração do sistema de saúde pública e atribui ao governador Pedro Taques (PSDB) a responsabilidade pela crise no setor.
Isso porque, de acordo com o republicano, Mato Grosso tem disponível R$ 80 milhões para investir no Hospital Universitário Júlio Muller em Cuiabá.
Porém, por questões administrativas não consegue tirar o projeto do papel, sufocando assim a capacidade de atendimento médico a população mato-grossense.
Além disso, avalia que a superlotação nas unidades públicas de saúde de Cuiabá, em especial o Pronto Socorro que concentra atendimento no setor de urgência e emergência, é motivada pelo atraso nos repasses financeiros aos municípios do interior.
“Cuiabá e Várzea Grande recebem todo o impacto dos hospitais que estão sendo fechados no interior. O Estado não está conseguindo pagar os hospitais do interior por mera ineficiência e o cidadão paga por esse desplanejamento. São R$ 80 milhões disponíveis há mais de quatro anos e o investimento não acontece”, afirma.
De acordo com o senador Welington Fagundes, uma das unidades de saúde pública que está recebendo pacientes do interior é o Hospital Universitário Julio Müller, que apesar da precariedade ainda está recebendo os pacientes.
Fagundes declarou que há quatro anos o governo do Estado tem R$ 80 milhões na conta para fazer reforma no local, porém, até o hoje o dinheiro segue parado. “Nós temos atual Júlio Muller em uma condição antiga, e precaríssima. E o povo sofrendo”, disse.
O senador ainda critica a gestão do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Um dos argumentos é que a direção estaria enviando para o Ministério da Saúde atendimentos realizados em pessoas que estão na maca do corredor como se fossem devidamente atendidas em leitos da unidade de saúde.
“Estão contando como leito as pessoas que estão na maca do corredor. Eles estão mandando para o Ministério da Saúde 140 pessoas na cama, como se fosse leito. É absurdo. É um caos, é uma guerra que está acontecendo na Saúde. Falta de planejamento, falta de gestão”, dispara.