Réu em ações penais pela suspeita de compor organização criminosa para desviar dinheiro público, o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, é investigado em caráter disciplinar pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).
A suspeita é de improbidade administrativa no exercício do cargo, o que gera a suspeita de desvio de conduta. A portaria que instaurou o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na quinta-feira (22).
Esse não é o primeiro processo disciplinar que Chico Lima responde, o que pode culminar na perda da aposentadoria mensal superior a R$ 20 mil. A punição máxima aplicada em um processo disciplinar é o desligamento do serviço público.
A comissão processante que vai apurar os indícios de irregularidades é composta pela procuradora e corregedora-geral do Estado, Flávia Beatriz Corrêa da Costa, e pelos procuradores Adérzio Ramirez de Mesquita e Aíssa Karin Ghering.
O Ministério Público Estadual (MPE) acusa Chico Lima de ser o braço direito do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em ações criminosas, assinando pareceres jurídicos fraudulentos em processos que visavam o desvio de quantias milionárias dos cofres do Estado.
Por isso, Lima é réu na ação penal relativa a Operação Seven deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pela suspeita de participação em um desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio de uma fraude na compra de um terreno pelo Estado.
Ele ainda responde a processos criminais decorrentes da Operação Sodoma da Polícia Civil pela suspeita de lavagem de dinheiro em favor do grupo político do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).