Inconformados com a decisão do governo do Estado de encaminhar uma lei complementar aos deputados estaduais que vai impedir qualquer reajuste salarial nos próximos dois anos, os servidores públicos do Estado irão ocupar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) para cobrar a não aprovação da lei.
O governador Pedro Taques (PSDB) já avisou que considera a medida prioritária para garantir o equilíbrio fiscal.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT), Oscarlino Alves, o Fórum Sindical é contra a aprovação do projeto e irá reivindicar junto aos deputados estaduais a inclusão de um artigo que obrigue o Estado pagar o RGA dos servidores no texto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO/2017).
O sindicalista afirma que a RGA estava previsto na Lei Orçamentária Anual e Lei de Diretrizes Orçamentárias. Porém, o governo do Estado não cumpriu o que estava na peça orçamentária, o que gerou a greve dos servidores para reivindicar o pagamento da revisão salarial.
Conforme o representante do Fórum Sindical, para que isso não volte acontecer em 2017, os servidores irão ocupar a AL/MT e reivindicar junto aos deputados a inclusão do cumprimento por parte do Estado em pagar o RGA integral, e consequentemente a não aprovação da Lei Complementar que limita os gastos públicos Estadual.
“A ocupação começa agora de forma pacifica, nós vamos convocar os trabalhadores, e vamos ao corpo a corpo com os deputados”, declarou Oscarlino.
Os servidores afirmam que caso não seja garantindo o pagamento do RGA em 2017, com data base do mês de maio, não está descartado a deflagração de uma nova greve.