Preso preventivamente desde o dia 3 de maio na primeira fase da Operação Rêmora deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o ex-assessor especial da Secretaria de Estado de Educação, Fábio Frigeri, ganhou liberdade e deixou o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) no começo da noite de segunda-feira (19).
A liberdade foi alcançada graças a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, em reconsiderar a própria decisão e autorizar a revogação da prisão preventiva.
Por outro lado, Frigeri foi remetido à prisão domiciliar e deverá cumprir medidas cautelares como ser submetido ao uso de tornozeleira eletrônica, permanecer recolhido em casa no período noturno, feriado e final de semana, comparecer mensalmente em juízo para prestar informações das suas atividades e não manter contato com outros acusados.
Considerado aliado do ex-secretário de Educação Permínio Pinto, Fábio Frigeri é considerado peça chave no esquema fraudulento.
Ao lado dos ex-superintendentes de Infraestrutura Escolar Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias, Fábio Frigeri é suspeito de atuar dentro da organização criminosa como integrantes do núcleo de agentes públicos, pessoas que estariam encarregadas de agilizar e viabilizar as fraudes no âmbito da administração pública mediante recebimento de propina.
Os três são réus numa ação penal em andamento na 7ª Vara Criminal de Cuiabá e respondem pelos crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude a licitação. De acordo com o Gaeco, levando-se em conta as imputações contidas na denúncia, as penas que poderão ser aplicadas aos empresários variam individualmente de 24 a 58 anos de reclusão. No total, são 22 acusados de participar do esquema de corrupção. Frigeri era o último acusado de corrupção na educação que estava preso. O ex-secretário Permínio Pinto já deixou a cadeia também na segunda-feira (19) após ter a prisão revogada.