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Presidente da AL pagava despesas e empregava parentes de acusados de corrupção

Da Redação Sávio Saviola

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) é suspeito de explorar a estrutura da Assembleia Legislativa para abrigar parentes de acusados de corrupção e assim impedir que delações premiadas fossem firmadas no Ministério Público Estadual (MPE) nos autos da investigação da Operação Rêmora conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A revelação deste esquema consta no depoimento do empresário Giovani Guizardi feito no dia 16 de novembro aos promotores de Justiça. O parlamentar teria pago os custos com advogados e nomeado parentes do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, e do ex-secretário de Infraestrutura, Wander Luiz dos Reis, para não ter seu nome envolvido no esquema de corrupção da Secretaria de Estado de Educação.

Guizardi revelou que, enquanto estava detido no Centro de Custódia de Cuiabá, foi procurado por Wander Luiz dos Reis, que alegou enfrentar dificuldades financeiras. A partir daí, solicitou ao advogado de Wander Luiz dos Reis que entrasse em contato com o deputado estadual Guilherme Maluf.

De acordo com o empresário, o parlamentar pagou os honorários advocatícios de Wander Luiz dos Reis e ainda empregou uma de suas parentes em cargo comissionado na Assembleia Legislativa.

“O deputado Guilherme Maluf resolveu o problema financeiro de Wander, incluindo uma parente dele (Wander) na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Estado na qualidade de funcionária comissionada; Que tomou conhecimento de que Guilherme Maluf pagou os honorários advocatícios de Wander”, diz um dos trechos do depoimento.

Outro que alegou dificuldades financeiras foi o ex-assessor especial da Secretaria de Educação, Fábio Frigeri. Porém, o auxílio financeiro foi concedido pelo ex-secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB), detido desde o dia 3 de julho após ser apontado pelos promotores de Justiça como o chefe do esquema de corrupção que envolvia cobrança de propina as empreiteiras prestadoras de serviços e fraude em licitação para favorecê-las na execução de obras públicas.

Também para impedir uma eventual colaboração premiada do ex-secretário Permínio Pinto, o deputado estadual Guilherme Maluf empregou na Assembleia Legislativa Auro Guilherme Ulyssea, primo do ex-secretário.

De acordo com as investigações, a cúpula do PSDB montou um esquema de corrupção na Secretaria de Educação visando quitar dívidas de campanha eleitoral.

No depoimento do empresário Giovani Guizardi, é dito que o deputado federal Nilson Leitão e o deputado estadual Guilherme Maluf foram responsáveis pela nomeação de servidores que assumiam funções estratégicas para facilitar o desvio do dinheiro público.


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Comentário

  1. Jornalista Robinson Jacques Brunini 7 de dezembro de 2016 at 11:04 - Reply

    Parabéns pelo site CANALMT pelo compromisso com estado democrático de direito, levando aos seus leitores a imparcialidade dos fatos noticiados’

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