"> CAB pode ser “expulsa” de Cuiabá dentro de 4 dias afirma Mauro Mendes – CanalMT
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CAB pode ser “expulsa” de Cuiabá dentro de 4 dias afirma Mauro Mendes

Welington Sabino do GD

Dentro de 4 dias a CAB Ambiental, do Grupo Galvão Engenharia que são os donos da CAB Cuiabá, será “expulsa” da Capital. A afirmação é do prefeito Mauro Mendes (PSB) que tem até a próxima segunda-feira (28) para tomar uma decisão sobre o término do período de intervenção, que durou 180 dias.

Mendes antecipou que a melhor saída para a população cuiabana é um acordo proposto pelo Município para trocar os acionistas e mudar várias cláusulas do contrato. Os detalhes foram repassados durante entrevista coletiva para apresentar o balanço de investimentos e ações executadas durante os 6 meses de intervenção com a CAB Cuiabá sob comando do interventor Marcelo Oliveira.

Na prática, isso significa que a CAB Ambiental e o Grupo Galvão precisam repassar para um grupo de bancos que são seus credores o controle da empresa que administra os serviços de água e esgotamento sanitário na Capital. Caso o Grupo Galvão não aceite o acordo proposto, o prefeito vai decretar a caducidade do contrato firmado em 2012 na gestão do então prefeito Chico Galindo (PTB). Nesse caso, caso a empresa volta a ser pública sob administração da Prefeitura.

Os bancos interessados em assumir os serviços de água e esgoto de Cuiabá são o Bradesco, Votorantim e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Se for decretada a caducidade do contato os credores da CAB Cuiabá têm direito de ficar a empresa e seus passivos, ou seja, as dívidas. Já os ativos que são valores para investimento ficam com o poder concedente, no caso a Prefeitura de Cuiabá.

“Estamos preparados para tomar 2 decisões na próxima segunda-feira. A primeira é a caducidade do contrato se confirmar os indícios da perda de capacidade de investimentos por parte do grupo controlador e temos elementos fortes e concretos nesse sentido. A segunda opção é a mudança do controle acionário da companhia. Já realizamos muitas reuniões com possíveis investidores interessados na companhia”, destacou Mauro Mendes ao pontuar que no acordo proposto existem cláusulas com durissímas exigências. “Se não aceitarem o acordo, será decidido pela caducidade do contrato”, afirmou Mendes ao pontuar que nesse caso os credores ficam no prejuízo.

“Estamos impondo duras condições que defendem o interesse público e condições que vão poder garantir num curto prazo o definitivo cumprimento do contrato no quesito água na torneira, 100% de água para atender Cuiabá e o mais rapidamente possível, provavelmente dentro de 7 anos o esgoto também 100% feito também em Cuiabá”, afirmou Mauro Mendes.

O prefeito não economizou nas críticas ao grupo controlador da CAB Cuiabá e a forma como a empresa era conduzida pelos executivos que foram destituídos dos postos de comando e direção durante a intervenção.

“Lamentavelmente o grupo investidor que assumiu o controle da CAB Cuiabá, a Galvão Engenharia além de ter entrado em recuperação judicial e ter perdido a capacidade financeira de fazer novos investimentos, nesse período faltou também seriedade na condução dos trabalhos na cidade de Cuiabá. O desempenho era negativo, era ruim, faltava água. Não fizeram investimentos em esgoto e isso fez com que nós tivéssemos que tomar a decisão de fazer a intervenção. A Galvão Engenharia não fica no controle dessa empresa porque fizeram muita coisa errada”, atestou Mendes.

Nessa tarde, enquanto Mendes e o interventor da CAB, Marcelo Oliveira, apresentavam os dados sobre o período da intervenção, na Procuradoria do Município ocorria mais uma rodada de negociação entre um grupo de investidores e possíveis interessados para assumir o controle da CAB Cuiabá e integrantes da Prefeitura da Capital conduzida pelo procurador-geral do Município, Rogério Gallo.


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