Em meio às críticas do deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) que ameaçou em discurso na manhã desta quarta-feira (9) na Assembleia Legislativa em deixar a base aliada do governador Pedro Taques (PSDB) ter uma atuação mais independente, aproximando-se da oposição secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou que nenhuma medida administrativa será tomada pelo governo do Estado por conta de ameaças.
“Não tomaremos nenhuma medida na administração pública ou deixar de fazer algo ato por conta de ameaça. No momento em que tivermos condições financeiras de fazer os repasses das emendas, nós iremos retomá-los”, disse.
A origem da bronca do parlamentar é não ter conseguido a liberação de uma emenda parlamentar na ordem de R$ 2,5 milhões, para a implantação do curso de Agronomia no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
Bezerra ainda disse que o governador Pedro Taques (PSDB) se comprometeu a liberar outros R$ 2,5 milhões, o que levaria ao montante de R$ 5 milhões, mas não cumpriu.
O chefe da Casa Civil informou que já houve a liberação de R$ 31 milhões em emendas parlamentares. Porém, com a crise financeira que tem levado o Estado a ter dificuldades financeiras para honrar até com o pagamento do funcionalismo público, não foram mais autorizadas emendas parlamentares.
“Entendo a preocupação e a relevância do repasse das emendas parlamentares, mas não acho razoável não resolvermos primeiro a questão da saúde pública, cujos repasses aos municípios estão em atraso”, ressaltou o secretário Paulo Taques.
O chefe da Casa Civil ainda disse que respeita o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), mas entende que o parlamentar tem maturidade política para seguir o melhor caminho.
“Se o deputado Oscar Bezerra está ameaçando sair da base, ele que tome o caminho que a maturidade política dele desejar. Acho que ele tem maturidade política suficiente para buscar os caminhos que entender melhor pra ele”, completou.