A coligação ‘Um novo prefeito para uma nova Cuiabá’, liderada pelo candidato Emanuel Pinheiro (PMDB), articulou uma armação sórdida que coloca em risco a lisura da disputa pela Prefeitura de Cuiabá e que é utilizada para colocar falsamente o candidato Wilson Santos (PSDB) como inelegível. A tese é sustentada pelo advogado José Antônio Rosa, coordenador jurídico da coligação Dante de Oliveira, ao assegurar que as supostas provas apresentadas neste sábado (29) por Emanuel, em entrevista coletiva, são nulas de pleno direito.
“O objetivo deles era criar factoide com intenção de tentar desmoralizar Wilson e produzir falsa bomba para divulgar na mídia ‘o fato’ na coletiva”, denunciou. “Não há compra de voto. Nada que possa ligar Wilson à compra de voto. Não há autorização judicial do juiz da 55ª Zona Eleitoral”, citou Rosa.
“É um crime contra a democracia e uma fraude contra as eleições. Aliás, a eleição de Cuiabá pode ser anulada com essa fraude”, projetou José Rosa. Ele sustenta que a denúncia é nefasta para o processo democrático, porque não houve nenhum indício de compra de votos.
O promotor Vinícius Gahyva Martins, que teve um relacionamento com a deputada Janaína Riva (PMDB), encaminhou a suposta denúncia para o policial federal que trabalha para o Gaeco do Ministério Público. E não houve autorização judicial, o que tornariam as provas nulas.
“A denúncia foi protocolizada às pressas na 55ª Zona Eleitoral para que pudessem conceder a coletiva e produzir panfletos colocando Wilson como inelegível. E deu entrada às 19h08 da sexta-feira, sendo que o Cartório Eleitoral fecha às 19 horas”, disse Rosa. “Tomei o cuidado de falar com os funcionários da Secretaria da 55ª Zona e soube que o assessor que foi fazer o protocolo estava muito nervoso porque tinha que fazer ainda ontem [dia 28] o protocolo”, ponderou o coordenador jurídico.
É por isso que a cópia apresentada por Emanuel e seus advogados, na coletiva realizada neste sábado, foi entregue a eles pelo próprio Ministério Público. “Me certifiquei no Cartório da 55ª Zona se tinha entregue alguma cópia para alguém. Não tinha. E no sábado, o Cartório abre às 14 horas.
SEM CONSISTÊNCIA
José Antônio Rosa citou uma fala específica do advogado Nestor Fidélis, da coligação liderada pelo PMDB, para confirmar a armação. “O advogado disse que o assunto é tão grave que vai cassar Wilson. E não tem como não votar no Wilson, porque quem votar no Wilson vai ter seu voto anulado. Estão distribuindo isso hoje na cidade, como um todo, com esta fala sendo distribuída em vídeos e áudios, nas redes sociais”,
“Estão querendo induzir o eleitor de que vai perder o voto que escolher Wilson. As supostas provas são nulas de pleno direito. Não teve mandado judicial. Fizeram tudo para parecer que era do GAECO. Não tem nada a ver com a Justiça Eleitoral”.
O coordenador jurídico lembrou que a origem foi no GAECO e, depois, encaminhado para a Procuradoria Geral de Justiça. De lá, foi encaminhado para o promotor Vinícius Gahyva. “O policial federal que fez o acompanhamento está cedido para o Gaeco. Todas as provas são nulas de pleno direito, porque se trata de flagrante armado, combinado com a pessoa que está denunciando”, completou Rosa.
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