"> Empresário afirma que ex-secretário utilizou contas bancárias dos seus irmãos para ocultar propina – CanalMT
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Empresário afirma que ex-secretário utilizou contas bancárias dos seus irmãos para ocultar propina

Da Redação

Em depoimento à Polícia Civil, o empresário Filinto Muller Coutinho, que firmou termo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE), afirmou que o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, utilizou contas bancárias de um dos seus irmãos para ocultar dinheiro de propina.

Por conta disso, uma nova linha de investigação foi aberta pela Polícia Civil. Na segunda fase da Operação Sodoma, foi expedido um mandado de prisão contra Marcel de Cursi pela suspeita de utilizar uma empresa de fachada registrada em nome de sua esposa, Marnie de Cursi, que teria movimentado até R$ 3,5 milhões oriundos de propina.

No entanto, esse mandado de prisão foi revogado. Atualmente, Marcel de Cursi está preso preventivamente pela suspeita de ser um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro público do bairro Jardim Liberdade I.

No depoimento, o empresário Filinto Muller declarou que destinou sete cheques no valor de R$ 149.999 mil ao ex-secretário Marcel de Cursi. Todos os cheques foram entregues ao procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima, o Chico Lima, que por sua vez remeteria a Marcel de Cursi.

“Chico Lima afirmou que tais cheques seriam destinados ao secretário de finanças Marcel de Cursi e que seriam depositados na conta do irmão de Marcel de Cursi em São Paulo, sem, contudo, dizer o nome de tal pessoa”, diz um dos trechos do depoimento citados na denúncia criminal.

Um relatório técnico identificou como beneficiários dos cheques Marcos Flávio de Oliveira, na época funcionário da Fecomércio (Federação do Comércio) que recebeu R$ 34.999 mil; Buffet Leila Malouf com R$ 80 mil e Plaenge Empreendimentos Imobiliários no valor de R$ 19.999 mil.

“O favorecimento de tais pessoas físicas e jurídicas, corrobora as revelações feitas por Pedro Nadaf, de que Marcel de Cursi lhe repassou a parte que lhe cabia da propina arrecadada, para que procedesse à lavagem, por meio da compra de ouro, ocasião em que Pedro Nadaf repassou a terceiros, e com o valor compensado providenciou a compra de ouro. Observe a astúcia em fazer sucessivas operações financeiras para distanciá-los dos produtos do crime”, completa a denúncia criminal.


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