O governador Pedro Taques (PSDB) criticou duramente a decisão do candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), de ingressar com pedido no Tribunal de Justiça (TJ) para afastar provisoriamente o secretário de Estado de Segurança Pública, Roger Jarbas, até a conclusão do processo eleitoral.
O peemedebista alega parcialidade do secretário que estaria manifestando sua preferência de votar em seu adversário, Wilson Santos (PSDB), nas eleições do segundo turno programada para o dia 30 de outubro.
Como o secretário de segurança pública atua como chefe da Polícia Civil e Polícia Militar, poderia influenciar no pleito eleitoral em favor de seu adversário.
Em solenidade que realizou para entrega de ambulâncias a municípios do interior de Mato Grosso na manhã de ontem na Arena Pantanal, Taques insinou que Emanuel Pinheiro tem medo de ser preso. Por isso, pediu o afastamento do secretário de segurança.
“Ele pode pedir o que quiser e de quem quiser. Mas quem pede a saída de secretário de Segurança é porque tem medo de ser preso”, disse.
Taques ainda comentou rapidamente a decisão do candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), que tem seu apoio, de denunciar a suspeita de um esquema de corrupção que atingiria diretamente o candidato Emanuel Pinheiro e seus familiares. A denúncia diz respeito a um recebimento de propina de R$ 4 milhões para articular a concessão de um incentivo fiscal a empresa Caramuru Alimentos S/A.
De acordo com a denúncia, a cunhada de Emanuel Pinheiro, Bárbara Pinheiro teria recebido R$ 4 milhões da empresa para prestar “consultoria” e fazer lobby para o andamento célere do enquadramento da Caramuru no programa de incentivos no valor de R$ 400 milhões em benefícios fiscais, “ad referendum”, sem passar anteriormente pela avaliação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, o Cedem, que era presidido à época pelo então secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Allan Zanata, indicado ao cargo por Emanuel Pinheiro e pelo senador Wellington Fagundes (PR), na época deputado federal..
Na denúncia apresentada por Wilson Santos à Delegacia Fazendária (Defaz), Bárbara Pinheiro, cunhada de Emanuel, teria confessado o esquema e que o próprio parlamentar tinha ciência da irregularidade.
 
							