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Assessoria

Em debate, Wilson denuncia esquema de propina envolvendo Pinheiro

Da Redação

A uma semana do encerramento da campanha eleitoral, os candidatos a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PMDB) abandonaram o campo das propostas e miraram ataques pessoais e acusações durante o debate promovido pela TV Record na noite deste domingo (23).

Em meio a troca de acusações, o candidato Wilson Santos acusou o adversário Emanuel Pinheiro de receber propina de R$ 4 milhões para interceder em favor da empresa Caramuru, beneficiada irregularmente com incentivos fiscais durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), conforme levantamento realizado pela CGE (Controladoria Geral do Estado). O tucano declarou que vai entregar a documentação ao Ministério Público Estadual (MPE) para que seja aberta investigação contra o peemedebista. De acordo com a denúncia, o dinheiro teria beneficiado o irmão de Emanuel Pinheiro, conhecido como Popó Pinheiro.

O candidato do PMDB, por outro lado, rebateu veementemente a denúncia e diz que, se isso Wilson Santos tinha conhecimento e nada fesz prevaricou, ou seja, se omintiu de denunciá-lo. Ao mesmo tempo, atribuiu a denúncia ao desespero do tucano que se sente inconformado com sua liderança nas pesquisas de intenção de voto.

“São tudo mentiras que surgira agora depois que eu venho liderando as pesquisas”, justificou. Ainda ressaltou que é ficha limpa e por isso é atacado de todas as formas. “Olha só que absurdo”, reclama ele ao contestar a denúncia feita por Wilson Santos. Diz que tem consciência tranquila e não está envolvido no mar de lama que querem jogá-lo.
O mais intrigante de toda a denúncia é que Wilson Santos afirmou que os documentos revelando a suspeita de corrupção por Emanuel Pinheiro teria partido do irmão Popó Freitas e sua cunhada.

Emanuel Pinheiro atacou Wilson Santos. “É impressionante a cara de pau do Wilson Santos. Deputado, faça a denúncia o senhor prevaricou e ao lado do seu irmão que cometeu crime eleitoral vai responder por isso. Ele foi pego com a boca na botija e agora o senhor quer descontar”, acusa. O peemedebista fez diversas referências ao episódio em que Elias Santos, na condição de presidente da METAMAT (Companhia Mato-Grossense de Mineração), onde pressionava servidores públicos a comparecer a um ato de campanha em favor do candidato do PSDB.

O tema de suspeita de propina voltou ao debate no 4º bloco, durante questionamento dos jornalistas Mauro Camargo, diretor de redação do jornal A Gazeta, e Margareth Botelho, editora do site Gazeta Digital. À Emanuel, Mauro Camargo questionou claramente se houve recebimento de propina por parte do deputado.

Ao negar o recebimento de propina, o peemedebista disparou contra o jornalista Ely Santantonio, dos jornais “Cacetão Cuiabano” e “O Liberal”, que levantou a propina. “Os canalhas do jornalismo que fazem isso precisam ser defenestrados. Aliás, esse jornalista tem mandado de prisão, está foragido e ninguém acha”, disse. Emanuel fala ainda que o jornalista fez uma postagem em seu site, afirmando que o próprio jornalista confessou ter acordado receber dinheiro de Wilson.

Já a Wilson Santos, Camargo questionou sobre como se deu a suposta fraude revelada pelo irmão de Emanuel Pinheiro. O tucano contou que foi procurador pelo empresário Marco Pólo e sua esposa, Bárbara, em seu apartamento há cerca de 30 dias. Na ocasião, segundo o tucano, eles estavam “desesperados”, pois tiveram conhecimento que o programa eleitoral dele levaria uma denúncia de pagamento de propina por parte da empresa Caramuru Alimentos, em que estaria envolvido. “E isso coincide com a briga do deputado em entrar na CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal. Foi até a Justiça para entrar na CPI, talvez temendo alguma coisa”, comparou.

Já Margareth Botelho, pediu para Wilson complementar a denúncia. Ele disse que a esposa de Marco Pólo, que chorava no encontro contou um pouco sobre a denúncia. “Um jogo de notas, sem prestação de serviço algum. E aí houve uma propina de R$ 4 milhões”, disse, acrescentando outros nomes, como Silval Barbosa, Marcel de Cursi e Alan Zanatta.

Ele revelou ainda que a cunhada de Emanuel Pinheiro, Fabíola, receberam uma cozinha industrial no suposto esquema. “A Bárbara e a irmã receberam parte da propina para criar uma cozinha industrial para fornecer alimentos a Aurora Construtora”, frisa.


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