Em um jantar realizado na terça-feira (4) na residência oficial do senador Wellington Fagundes (PR), o presidente da República Michel Temer (PMDB) não assegurou a Mato Grosso o pagamento nos próximos meses dos R$ 400 milhões que o Estado tem direito a receber do FEX (Fundo de Exportação), que é a compensação pela desoneração dos produtos do agronegócio. A resistência do governo federal se deve as medidas de contenção de despesas com o intuito de garantir o equilíbrio fiscal.
Com a recessão da econômica nos últimos dois anos e que ainda predomina nos dias atuais, houve drástica redução da receita, gerando assim dificuldades para a União honrar seus compromissos, financeiros.
Também participaram do jantar o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima e o secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco.
Representando Mato Grosso, estiveram presentes o ministro da Agricultura, Blairo Maggi; os deputados federais Fábio Garcia e Valtenir Pereira, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Temer não garantiu aos mato-grossenses o pagamento do FEX a Mato Grosso diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela União. Em tom de apelo, os mato-grossenses solicitaram que sejam feitos estudos técnicos para viabilizar a compensação financeira dentro da realidade do governo federal, pois não pagamento de nenhuma parcela do FEX fragiliza as finanças públicas de Mato Grosso, ainda mais levando em consideração que 25% dos R$ 400 milhões tem que ser repassado aos 141 municípios de Mato Grosso.
Por outro lado, Temer se comprometeu a se esforçar para efetuar o pagamento do valor ainda neste ano. Já em 2017, os recursos por compensação de exportações estão garantidos diante de terem sido incluídos no Orçamento Geral da União, cujo relator no Congresso Nacional é justamente Welliington Fagundes.
Na manhã desta quarta-feira (5) o governador Pedro Taques (PSDB) se reuniu com a equipe econômica do Governo Federal, no Palácio do Planalto. Taques acredita que o pagamento dos recursos do FEX pode ser realizado ainda este ano e amenizar o problema da diminuição dos repasses federais. Por conta da crise, a União diminuiu os repasses obrigatórios para manutenção da saúde e também do Fundo de Participação dos Estados (FPE).