Os candidatos a prefeito de Cuiabá que se enfrentam no segundo turno, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), estão enfrentando déficit financeiro em suas campanhas eleitorais. Ou seja, ambos mais gastaram do que arrecadaram em um desequilíbrio financeiro que pode gerar problemas com a Justiça Eleitoral mais à frente.
De acordo com dados disponibilizados no sistema divulga cand 2016 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o candidato que mais arrecadou foi Emanuel Pinheiro (PMDB), que registra R$ 1,642.151,14 milhão. Por outro lado, as despesas contratadas corresponderam a R$ 3,521 milhões.
Ou seja, a campanha do peemedebista administra um déficit financeiro de R$ 1,879 milhão. .
Os gastos de campanha dos seis candidatos a prefeito de Cuiabá no primeiro turno corresponderam a R$ 6,151,504.8 (seis milhões cento e cinquenta e um mil, quinhentos e quatro reais e oito centavos).
Por outro lado, a arrecadação correspondeu a R$ 3,545,078.13 (três milhões, quinhentos e quarenta e cinco mil reais, setenta e oito reais e treze centavos).
A mesma situação de déficit financeiro é enfrentado pelo candidato do PSDB, Wilson Santos.
Com arrecadação de R$ 807,3 mil, houve despesas contratadas na ordem de R$ 2,050 milhão, o que representa um déficit financeiro de R$ 1,243 milhão.
Estreante na disputa eleitoral, o candidato Julier Sebastião da Silva (PDT) arrecadou R$ 911,728 mil. Desta quantia, R$ 501,60 mil foram investidos do próprio bolso. As despesas contratadas somam R$ 263.776,60 mil.
A candidata Serys Slhessarenko (PRB) arrecadou R$ 389,78 mil. A maior parte deste recurso, R$ 380 mil, foi transferida pelo partido, que mantém proximidades com a Igreja Universal do Reino de Deus. Já as despesas registraram R$ 309.257 mil.
Terceiro colocado na disputa eleitoral, o procurador da Fazenda Nacional Mauro César Lara de Barros, o Procurador Mauro (Psol), arrecadou R$ 172.751 mil. At[e o momento, não há informações disponíveis do volume de despesas contratados pelo candidato.
O candidato com menor arrecadação foi o historiador Renato Santtana, da Rede Sustentabilidade. Houve a arrecadação de R$ 10.687,47, enquanto o volume de despesas contratadas atingiu R$ 6.608,00.
Esta é a primeira eleição na qual vigora a proibição do financiamento privado de campanha após a inconstitucionalidade ser reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por conta disso, os partidos são os maiores doadores de campanha dos candidatos, repassando dinheiro que é resultado do fundo partidário.
O candidato Emanuel Pinheiro (PMDB) tem o PP (Partido Progressista) como doador de R$ 450 mil. O PR foi o segundo maior doador com R$ 300 mil. O PTB e o PMDB aparecem logo em seguida com doações de R$ 202 mil e R$ 160 mil, respectivamente. Em relação à pessoa física, o maior doador foi o ex-ministro da Agricultura e atual secretário nacional de política agrícola, Neri Geller (PP), que doou R$ 200 mil.
Em situação semelhante está o candidato Wilson Santos. O PSDB é o principal financiador de sua campanha eleitoral com a doação de R$ 625 mil, o que corresponde a 93,71% do montante arrecadado.
De acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma campanha eleitoral em Cuiabá tem o teto de investimentos orçado em R$ 9,004 milhões no primeiro turno.
No segundo turno, a estimativa máxima de gastos levando em consideração o índice populacional é de R$ 2,701 milhões.