O pai do homem acusado dos ataques com bomba em Nova York durante o último fim de semana comunicou à polícia há dois anos que seu filho, nascido no Afeganistão, era um terrorista. A denúncia motivou uma investigação federal, segundo o jornal New York Times, que acabou não chegando a nenhuma conclusão sobre as alegadas motivações jihadistas.
Em uma breve entrevista dada nesta terça, o pai de Ahmad Khan Rahami, Mohammad Rahami, afirmou que entrou em contato com o FBI (a polícia federal americana) para expor sua preocupação com o filho depois que Ahmad foi preso por se envolver em uma briga doméstica e ser acusado de esfaquear o irmão, há aproximadamente dois anos.
“Dois anos atrás eu fui até o FBI porque meu filho estava indo muito mal”, afirmou Mohammad, segundo o Times. “Mas eles checaram por quase dois meses e disseram que ele estava bem, estava limpo, que não era terrorista”, contou. “Agora estão dizendo que ele é terrorista.”
Na medida em que o foco das investigações se volta para as motivações por trás dos ataques, novas pistas estão surgindo e indicando com cada vez mais clareza que Ahmad estava envolvido com a ideologia extremista. Também segundo o New York Times, autoridades envolvidas no caso disseram que quando Rahami foi capturado na segunda-feira ele carregava um caderno com escritos simpáticos às causas jihadistas.
Segundo revelou a ex-mulher de Ahmad em entrevista à emissora Fox News exibida nesta terça, o suspeito dizia odiar os Estados Unidos e os homossexuais. A mulher que se identificou apenas como Maria ainda informou que não via Rahami há cerca de dois anos e que, durante a época do colégio, ele era uma “pessoa normal”, classificando-o como o “palhaço” da turma. Agora, os policiais tentam estabelecer se há ligação entre a bomba que explodiu em Nova York no último sábado, deixando 29 feridos, e a bolsa com explosivos encontrados em Elizabeth, em Nova Jersey, nessa segunda-feira.