"> Uma disputa acirrada – CanalMT

Uma disputa acirrada

As disputas político-eleitorais são quase sempre acirradas. Mesmo agora, com a falta de dinheiro provocada pela crise, que deixa em refém a população e o Estado, e somada à proibição de doação de campanha por pessoas jurídicas.

Recurso financeiro é imprescindível, e não seria diferente em campanhas eleitorais, porém a sua diminuição não impede o acirramento das brigas entre os candidatos.

O acirramento que depende dos interesses particulares em jogo, bem como do capital político e da densidade eleitoral dos postulantes.

É a partir daqui que se deve discutir a eleição em cada município, a exemplo do provável acirramento da disputa pela Prefeitura de Rondonópolis.

Disputa que deveria ser também foco da atenção de analistas e dos profissionais da imprensa do Estado, como são as brigas pelas prefeituras de Várzea Grande e de Cuiabá.

Deveria, embora não seja. Infelizmente! Até porque o município rondonopolitano é um dos grandes polos econômicos mato-grossenses, e ocupa uma posição de destaque e de projeção política na região sudeste estadual.

Ele tem hoje o peso político que tinha Poxoréo nos anos 1950. E até bem mais do que era aquele.Isto, por si só, deveria ser razão de estudos e de reflexão de analistas.

É claro, assim como em outros lugares, há o registro de indecisão por parte de algumas agremiações partidárias. O que é natural. E isto contribui quase sempre para com um número não significativo de candidaturas à prefeitura.

Em Rondonópolis, até o próprio prefeito ainda não se manifestou se é ou não candidato, deixando assim certo vazio no cenário político local.

Vazio que se amplia com as desistências de candidaturas dos vereadores Ibrahum Zaher e Rodrigo da Zaeli. O próprio Adilton Sachetti não deve concorrer.

Esta situação favorece muito ao Rogério Salles (PSDB), que vem procurando construir uma grande aliança, e para a qual pretende atrair o PSB, PMDB e o PSD, com o fim de deixar isolado o José Carlos do Pátio, do Solidariedade.

O tucano Rogério Salles torce e trabalha para que ele tenha melhor desempenho nas urnas da cidade do que teve em 2014, quando saiu candidato a vaga do Senado.

A disputa de 2016, a prefeitura de Rondonópolis, contudo, pode ser bastante acirrada, com o atual vice-prefeito de um lado e o atual prefeito do outro.

Nesta disputa, cabe acrescentar, ganha o eleitorado. Pois terá, ou poderá ter três nomes que conhecem bem a administração pública local, a saber: José Carlos do Pátio, Percival Muniz e Rogério Salles.

Estes conhecem as dificuldades do município, e os erros cometidos pela atual gestão. Neste particular, bem mais o Rogério Salles e o Percival Muniz.

As perguntas que se faz agora são as seguintes: como será o discurso de cada um deles? qais serão as suas promessas? quais serão os ataques de um contra o outro, ou deste contra aquele?

É esperar para ver. Podem, rondonopolitanos, fazer suas apostas. É isto.

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e analista político em Cuiabá.

lou.alves@uol.com.br


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta