O urso polar Arturo, o último que estava na Argentina, morreu no zoológico de Mendoza neste domingo. Segundo um comunicado do governo, o animal morreu por conta de um desequilíbrio hemodinâmico. Ele estava debilitado e sofria com perda de apetite, de peso, da visão e do olfato, segundo os jornais argentinos.
Arturo tinha 31 anos e chegou ao Zoo de Mendoza em 1993, aos 8 anos. Segundo a “CNN”, ele nunca conheceu a neve. Normalmente, os ursos polares vivem por 26 anos.
Há dois anos ele foi chamado em reportagens como “o animal mais triste do mundo” e ganhou notoriedade. Uma campanha do Greenpeace recebeu mais de 160 mil assinaturas para que o animal saísse do zoo. Os relatórios mostraram que o animal enfrentava um calor de até 40 graus no zoológico e uma situação degradante.
Desde sexta-feira passada funcionários do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, juntamente com uma equipe de veterinários do Fiscal Unidade de Meio Ambiente Nacional, o acompanharam para evitar que ele sofresse, mas o animal morreu de causas naturais neste domingo.
O Greenpeace divulgou uma nota lamentando a morte do animal. “Esperamos que esse seja o último urso polar preso num jardim zoológico. Esse não é o único animal em cativeiro e em mau estado, mas apenas mais um exemplo de como funcionam a maioria dos zoológicos de nosso país, priorizando a exposição para fins comerciais e de recreação em vez do bem-estar e da conservação e animal”, disse Soledad Sede.