Com a reforma de 2015, as datas mudaram para o inicio do barulho eleitoral. Antes as convenções eram entre 10 e 30 de junho. Agora, serão de 20 de julho a 5 de agosto.
A campanha eleitoral, que começava em 6 de julho, começará em 15 de agosto.
Na eleição em Cuiabá, além de Mauro Mendes para reeleição, aparece o nome de Julier Sebastião como candidato a prefeito pelo PDT.
Fala-se em Serys Slhessarenko para vice da chapa e ainda que o PT poderia apoiar o Julier.
Se o PT for para coligação, querendo ou não vice, a Serys iria também?
É que ela deixou o PT depois que um grupo interno tirou sua candidatura ao Senado e passa para o Abicalil. Houve um divórcio um tanto quanto traumático. Ela ficaria numa coligação junto com o PT?
Outra candidatura já posta é a do Procurador Mauro. Tem apelo popular, já é conhecido, mas está num partido com pouco tempo no horário eleitoral. Não busca coligações para não se contaminar política e eleitoralmente.
Ao não fazer isso, ganha pontos por um lado, mas tem outra dificuldade, não pode ampliar seu tempo no horário gratuito.
Não dá para saber ainda se Valtenir Pereira sai candidato a prefeito pelo PMDB. Com quem coligaria? Ou o jogo é emplacar a vice do Mauro?
Antes o PSDB dizia que não coligaria com alguém se nessa candidatura estivesse o PMDB ou o PT.
Depois que o Michel Temer do PMDB chegou à Presidência, a conversa mudou e não existe mais veto àquele partido na capital ou no interior.
Mas, na verdade, todo mundo está de olho é na movimentação do Mauro Mandes. É claramente candidato à reeleição.
O que todos querem saber é como fica o vice na chapa dele. Essa escolha tem implicações na eleição deste ano e na de 2018.
Se ele escolher alguém para vice do seu colete, é um sinal. Se for alguém de fora de seu circulo politico íntimo a sinalização é outra.
Se ele tiver intenção de candidatar-se a senador ou governador em 2018, ele optará por um nome de sua estrita confiança como vice.
Teria garantia política de que poderia afastar-se e quem ficasse no seu lugar lhe daria guarida na eleição de 2018. Se for um nome de outro partido ou grupo, essa confiança diminui.
Tem um caso anterior no PSDB em 2000. Dante queria Guilherme Muller na vice da reeleição do Roberto França. Ele pretendia ser candidato ao governo em 2002. Não queria alguém que não fosse de sua inteira confiança na vice.
França contrariou Dante, escolheu Luis Soares pensando em 2002. Ali o grupo começou seu rompimento, desaguando na candidatura Blairo.
Agora, todos estão de olho na movimentação do Mauro, principalmente o Nilson Leitão e Pedro Taques. Um candidato ao Senado, outro à reeleição. Conforme o vice, o Mauro sinaliza 2018.
Frente a uma situação de desconfiança, o PSDB pode ter candidatura própria?
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e analista politico em Cuiabá.
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